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Do samba-de-roda ao Pokémon
Peter Milko. Gazeta Mercantil/InvestNews
março/2006
 
Passear pelas charmosas ruas de Ouro Preto, contemplar as cataratas do Iguaçu, saborear um apimentado acarajé, observar um peixe fossilizado no Ceará e apreciar os passos de um samba-de-roda. O que tudo isso tem em comum? São exemplos do patrimônio cultural e natural que pertencem a todos os brasileiros. Mas será que pertencem mesmo?
Com a evolução da humanidade e das sociedades modernas, convencionou-se que os patrimônios histórico e natural são um bem da comunidade. Traduzindo para a nossa realidade, você, eu e todos são donos dos parques nacionais, dos museus, das praças públicas, dos monumentos e assim por diante. Afinal, os governos que detêm sua posse, e recursos públicos mantêm estes bens. Recentemente, incorporou-se ao conceito de patrimônio as tradições, a culinária e os costumes regionais, com a definição de cultura imaterial. E como anda esse vasto patrimônio do Brasil?

Infelizmente, anda descuidado, se não abandonado, quase parado. Apesar das instâncias diretas, como Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Ibama, serem teoricamente guardiões oficiais da maioria dos itens patrimoniais comentados, a crônica insuficiência de verbas e quase nenhuma pressão da sociedade civil para sua real conservação estão deixando a maioria dos bens materiais e imateriais à própria sorte.

Como reverter um quadro de descaso com a história, com a preservação do patrimônio cultural e ambiental? Além da evidente reavaliação de verbas oficiais para o setor, acredito no conceito da educação patrimonial, introduzido com determinação e insistência no currículo escolar e na divulgação do patrimônio que dispomos. O que significa isso? É mostrar para os jovens e adultos do que se compõe sua herança cultural e natural. Ao valorizar a cultura e a natureza de seu país, jovens e adultos vão entender que este patrimônio é seu - nosso - e que devem brigar para mantê-lo e preservá-lo. Assim se criará uma identidade própria de cada grupo social e eles saberão valorizar a diversidade cultural que essa abertura de olhos proporciona.

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