Inaugurada em 1913 por Delmiro Gouveia, hidrelétrica de Angiquinho levou para o Sertão energia em pleno início do século passado; obra começa a ser recuperada e vai virar pólo turístico
Delmiro Gouveia - Um imenso paredão de pedras, que parecem ter sido esculpidas à mão, guarda parte de uma época que marcou a história econômica e política de Alagoas. Encravado no alto sertão do Estado, no município de Delmiro Gouveia, o sítio arqueológico de Angiquinho viu surgir a primeira hidrelétrica do Nordeste, uma pequena usina geradora de eletricidade que aproveitava o potencial da cachoeira de Paulo Afonso. O ousado projeto, que continua de pé no meio da caatinga, levou o desenvolvimento para a região que até então só conhecia a luz de candeeiro. Noventa e três anos após a façanha de um homem chamado Delmiro Gouveia, Angiquinho vai se transformar numa área de preservação cultural e pólo turístico.
O projeto de tombamento está em fase de conclusão, mas as obras de restauração do sítio arqueológico já começaram. Ações emergenciais buscam salvar da destruição a usina e todo o acervo ali existente. Uma placa na entrada do sítio, localizado na BR-423, na divisa de Alagoas com Paulo Afonso, anuncia o início dos trabalhos, executados com recursos da ordem de R$ 360,2 mil do Ministério das Minas e Energia, repassados à Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Um verdadeiro canteiro de obras se instalou no lugar. Quase 40 homens trabalham contra o tempo para concluir dentro de 90 dias os serviços, que começaram no final de 2005.
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