O tacacá, um dos pratos mais tradicionais da culinária paraense, irá se tornar Patrimônio da Humanidade. Os estudos investigativos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para registrar o modo de preparo do tacacá e oficializá-lo como patrimônio imaterial, motivaram o Conselho da Mulher Empresária (CME) a mobilizar as tacacazeiras para a criação de uma associação própria. A iniciativa implica também na mudança da cara de Belém. Os tradicionais carrinhos onde a bebida é comercializada serão padronizados.
O projeto 'Celebrações e Saberes da Cultura Popular - Inventário Nacional de Referências Culturais', do Centro Nacional de Folclore e Cultura, composto por estudos da pesquisadora Dina Nogueira Pinto desde fevereiro de 2004, foi o embrião da idéia de registro do tacacá. A tentativa procura evitar a disputa de registros como a empreendida entre os governos do Brasil e do Japão pela patente do cupuaçu, fruta típica da região amazônica. O registro também poderá viabilizar planos de salvaguarda e distribuição de recursos por parte do governo para a preservação do modo como o tacacá é feito no Pará. 'O objetivo do registro do tacacá é proteger e ressaltar a importância do significado cultural dessa iguaria típica da culinária paraense', explica a superintendente do Iphan, Maria Dorotéia de Lima.
A pesquisa bibliográfica e o inventário do tacacá realizados pelo Iphan continuam em andamento. 'Estamos aguardando que as tacacazeiras estabeleçam sua associação para que o pedido oficial para o registro parta delas', revela a superintendente do Iphan.
A vice-presidente do CME, Lúcia Carvalho, diz que tacacazeiras precisam mudar algumas coisas para ter mais lucros. 'Queremos ajudar a resolver problemas. No caso das tacacazeiras, a maioria delas mistura a renda do empreendimento com as despesas domésticas e acaba sem saber se está de fato tendo lucro', revela.
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