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Portugal: Andam a roubar a nossa memória
O Mirante
março/2006
 
Almeirim é uma das nove localidades do país procuradas pelos caçadores ilegais de vestígios históricos.

Com o recurso a detectores de metais, há pessoas que furtam peças enterradas em zonas com interesse arqueológico para depois as venderem a coleccionadores nacionais e em Espanha.

Almeirim é um dos concelhos do país mais procurados pelos caçadores de peças arqueológicas. O Instituto Português de Arqueologia (IPA) já recebeu duas queixas contra pessoas que foram apanhadas pela GNR com detectores de metais à procura de moedas antigas, estatuetas e, em consequência, de outros artefactos que pertencem à memória do país.

Não se sabe ao certo quantas foram furtadas ao património nacional, nem o seu valor. Mas o presidente da Associação de Defesa do Património Histórico e Cultural de Almeirim (ADPHCA), Eurico Henriques, acredita que há muitos mais casos do que os dois que chegaram ao conhecimento do IPA. Um em 2003 e outro no ano passado.

Um dos alvos da pilhagem foi um terreno junto ao Casal Branco entre Almeirim e Benfica do Ribatejo, numa zona com vestígios romanos. O caso mais recente, em Janeiro do ano passado, ocorreu no Monte do Ferro, entre Raposa e Paço dos Negros. As situações foram denunciadas pelos proprietários dos terrenos, o que é caso raro.

Eurico Henriques sublinha que as estações arqueológicas do concelho nunca foram preservadas nem pelos proprietários dos terrenos nem pelo município. E sublinha que muitos vestígios foram destruídos pelos tractores que lavraram a terra para a agricultura. “As pessoas não estão sensibilizadas para a preservação dos aspectos históricos do concelho”, realçou o presidente da ADPHCA.

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