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Belém/PA redescobre a história de um dos seus ícones na exposição "Reencontros: Emílio Goeldi e o Museu Paraense"
Departamento de Comunicação do Museu Goeldi
maio/2006
 
A palavra reencontro consta nos dicionários como "encontrar novamente" ou "ver o que já foi visto anteriormente". Este é o nome mais do que apropriado para a nova exposição do Museu Paraense Emílio Goeldi: Reencontros: Emílio Goeldi e o Museu Paraense.

"Reecontros" no plural, de fato. Afinal, o atual Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) vai reencontrar a história de um de seus mais atuantes diretores: o naturalista suíço Emílio Goeldi. Além disso, será uma oportunidade de Belém reencontrar um pouco da sua própria história, que se confunde com a do MPEG, resultado do período mais próspero da cidade, a belle èpoque, quando Belém exalava modernidade com os lucros advindos do comércio da borracha.

A exposição Reencontros: Emílio Goeldi e o Museu Paraense inicia oficialmente as comemorações dos 140 anos do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), cujo aniversário é 6 de outubro, e será apresentada para convidados no dia 18 de maio, às 19h. No dia seguinte, o público visitante do MPEG já terá acesso a nova exposição, que contou com o patrocínio da Fundação Vitae, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico-CNPq e da Companhia Vale do Rio Doce.

Reencontrando - Segundo Roseny Mendes, arquiteta da Coordenação de Museologia do MPEG (CMU), Reencontros será uma exposição abrangente, pois é voltada para pessoas de todas as idades. A exposição abordará os principais temas relacionados à história do Museu Goeldi: quem foi Emílio Goeldi, a importância de Goeldi para o desenvolvimento da pesquisa científica na amazônia, a colaboração do botânico Jacques Huber e da zoóloga Snethlage para a consolidação do então Museu Paraense e a estrutura e o cotidiano do MPEG no final do século XIX.

Quem visitar a Reencontros a partir deste mês poderá ainda conferir alguns exemplares das diversas coleções do Museu Goeldi (arqueológica, etnográfica, botânica e zoológica), como um dos primeiros espécimes registrados do Herbário do MPEG, coletado pelo próprio Goeldi. Além disso, será possível observar impressos e manuscritos do período da administração de Emílio Goeldi, bem como uma rica seleção de fotos da coleção fotográfica do MPEG, que mostram o cotidiano do Museu Paraense e da cidade de Belém no início do século passado.


O curador da exposição, o Coordenador de Comunicação e Extensão do MPEG, Nelson Sanjad, explica que Reencontros inova na abordagem e conta a história do Museu Goeldi através da história do naturalista Emílio Goeldi, explicando o contexto de atuação do persnagem e as razões de sua administração ser considerada um marco divisor dentro da história da instituição (a mais antiga instituição científica da Região Amazônica).

A Exposição Reencontros: Emílio Goeldi e o Museu Paraense ficará aberta ao público durante dois anos, para que os belenenses e aqueles que visitarem a cidade possam encontrar e reencontrar a história de uma importante instituição de pesquisa para o Brasil e para o mundo, através da vida daquele que dá nome ao Museu Paraense.

A exposição integra a programação da Semana Nacional de Museus de 2006, que será comemorada de 15 a 21 de maio, trazendo o tema "Museus e Público Jovem". A promoção da Semana é do Governo Federal, por intermédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) do Ministério da Cultura e com o apoio da Associação Brasileira de Museologia, do Conselho Federal de Museologia e do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus.