Uma das maiores descobertas arqueológicas do mundo, o exército chinês de terracota de 2200 anos de idade, começou a perder suas cores com a oxidação causada pela exposição ao ar livre. Segundo Cao Junji, diretor de pesquisas do Instituto do Meio Ambiente da Academia Chinesa de Ciências Sociais, caso o problema não seja combatido imediatamente, "em 100 anos os guerreiros estarão tão danificados que as fossas (que abrigam as estátuas) parecerão minas de carvão e perderão seu valor estético".
A preocupação é grande, pois, segundo artigo da Folha de São Paulo, "as partículas ácidas suspensas no ar deterioraram a superfície das estátuas, cobrindo-as com uma fina camada de poeira. Essas partículas também debilitam o gesso que dá sustentação às obras", ocasionando o despreendimento dos detalhes que diferenciam um guerreiro do outro.
Parte das 2000 peças desenterradas, nos últimos trinta anos, foram expostas no Brasil (2003). Os arqueólogos acreditam que existam cerca de 8000 peças na região de Xian, dessas, apenas 1172 são exibidas ao público. Apesar do museu responsável pelo acervo possuir técnicos e isntrumentos para observação do meio ambiente, o mesmo é carente de especialistas que possam contribuir para a diminuição da contaminação atmosférica.
FONTE: Folha Online
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