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Ribeirão Preto/SP: Decadência acentuada
Adriana Matiuzo. Gazeta de Ribeirão
janeiro/2006
 
Com uma clientela altamente limitada e concorrência acirrada, os hotéis mais simples do Centro Histórico de Ribeirão Preto vivem momento de decadência. A maioria tem apelado à prostituição para continuar funcionando.

A Gazeta de Ribeirão percorreu durante quatro horas as ruas do quadrilátero formado pelas avenidas Francisco Junqueira e Jerônimo Gonçalves e ruas Lafayete e São José. Vinte e cinco hotéis foram encontrados, sendo que apenas quatro têm prédios que podem ser considerados de luxo. Os demais são extremamente simples, com estrutura pequena e desgastada, e diárias econômicas que variam entre R$ 20 (individual) e R$ 30 (casal).

A Gazeta entrou em sete destes hotéis. O movimento era praticamente nulo em todos.

No Hotel Sant Remy, na Jerônimo Gonçalves, por exemplo, havia apenas um hóspede às 15h30 da última quinta-feira. Segundo a recepção, ele era um "amigo" e nem poderia ser considerado um hóspede comum.

O Hotel Rei, na rua José Bonifácio, estava com apenas duas pessoas hospedadas, apesar de ter 25 quartos. A mesma situação se repete no Beira Rio (avenida Jerônimo Gonçalves), com 14 quartos e apenas dois hóspedes. "É muito perigoso por aqui, além disso, a concorrência é muito grande, há muitos hotéis", disse a funcionária de serviços gerais do Beira Rio Luzia Fátima Silva que estava sozinha no hotel quando recebeu a reportagem.

Sem hóspedes e localizados em uma das maiores áreas de prostituição, hotéis se rendem e alugam quartos para programas.

Na Pousada Rios 3, a gerente Sonia Maria Gusmão, garante que não perde os hóspedes comuns por receber garotas de programa. Ela reservou dois dos dez quartos exclusivamente para os programas. Enquanto, a reportagem falava com Sonia, duas garotas de programa passaram pelo local com clientes. Uma delas era menor e comprou preservativos antes de ir para um dos quartos. Sonia conta que a maioria trabalha na rodoviária e ganha R$ 15 por meia hora de trabalho. "Não tenho problemas com a polícia. É tudo muito tranqüilo. Não deixo qualquer um se hospedar aqui. Se eu achar que a pessoa não presta, eu não deixo entrar", disse Sonia que trabalha com uma grade trancada na entrada do hotel.

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