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Clube de Regatas Santistas: tombamentos e dívidas
Mônica Yamagawa
junho/2005
 
Segundo Odayr dos Santos, presidente do Conselho Deliberativo do Clube de Regatas Santista, as dívidas da associação ultrapassam R$ 1 milhão e podem dobrar se incluídas as indenizações para as famílias das vítimas do show de rock do grupo Raimundo, de 1997.

A venda da sede é uma das possibilidades para saldar as dívidas, dada a inviabilidade de hipoteca, negada pelo Cartório de Registro de Imóveis, devido às irregularidades e mudanças da área do clube, assim sendo, o Conselho e as famílias das vítimas são contra o processo de tombamento proposto pelo vereador Fábio Nunes, com receio de que tal ação impossibilite a quitação dos pagamentos mencionados.

Por outro lado, é importante destacar o valor cultural, para a história da cidade de Santos, dos clubes localizados na Ponta da Praia. As ações para a preservação do clube, não se limitam ao ato do tombamento e o saldo das dívidas, é necessário o desenvolvimento de um projeto, o planejamento de sobrevivência futura, para que o bem cultural não desapareça, submetido ao valor territorial. A discussão deve ser aberta com a comunidade, sobre as possibilidades de usos/funções e a criação de atividades que tornem o futuro empreendimento viável economicamente, para que não se repita a atual situação.

Fica aqui registrada uma sugestão, que merece uma maior elaboração e discussão: sendo Santos uma cidade localizada “de frente para o mar”, como explicar a falta na área esportiva, de atividades e eventos náuticos?

É impossível negar a importância histórica de Pelé para a cidade, porém, a história da atividade esportiva santista não deve ser limitada à Vila Belmiro...

FONTE: A Tribuna Digital.