A área da primeira estação ferroviária do Brasil (Guia de Pacobaíba) , em Magé, inaugurada em 1854 por Irineu Evangelista de Souza, o barão de Mauá, no trecho ferroviário Mauá-Fragoso, de cerca de 14 quilômetros, segundo denúncias, está sendo ocupada irregularmente desde 1999 por famílias. Trata-se de uma região declarada Monumento Histórico Nacional em 30 de abril de 1954 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A questão está sendo investigada pelo Ministério Público estadual. Paralelamente, o MP federal está coletando informações sobre a ocupação junto ao Iphan, ao qual pediu um relatório, e à prefeitura de Magé, que, segundo a assessoria de imprensa do MP federal, ainda não teria se pronunciado sobre o assunto.
O historiador Gêneses Torres, presidente do Instituto de Pesquisas e Análises Históricas da Baixada Fluminense (Ipahb), critica a ocupação da região:
— A ocupação é um crime contra a memória da ferrovia brasileira.
A preservação do entorno do trecho ferroviário Mauá-Fragoso — no recôncavo da Baía de Guanabara, entre o antigo Porto de Mauá e a Parada do Fragoso, em Magé — está sendo ameaçada pela construção de moradias, inclusive às margens da Baía de Guanabara. De acordo com o Ministério Público (MP) estadual, foi instaurado um inquérito em 1995 referente ao abandono do patrimônio histórico. E, desde 2002, o MP aprofunda as investigações devido a denúncias recebidas de ocupação no entorno da Guia de Pacobaíba.
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