A Santa Casa de Misericórdia de Salvador abriu ao público o Museu da Misericórdia e permite, pela primeira vez, a visitação pública às alas do edifício-sede da Santa Casa, um palácio renascentista concluído em 1697, na entrada do Centro Histórico de Salvador, no Pelourinho. Com a inauguração, a comunidade e os turistas que visitam a capital baiana poderão conhecer, em uma exposição permanente, obras dos séculos XVII ao XX, entre pinturas, esculturas, mobiliário, alfaias e imaginária.

O museu abrigará ainda uma exposição temporária contemporânea das "14 Obras de Misericórdia", representadas por obras especialmente criadas por artistas baianos. A área aberta ao público, chamada de Ala Ritual, passa a abrigar parte dos arquivos da Santa Casa, que datam de 1549 e resgatam sinais da história urbana de Salvador. No total, a Santa Casa possui cerca de 1.800 peças, entre pinturas sobre tela, pinturas sobre madeira, esculturas, imagens sacras e quase um milhão de documentos históricos, como o pedido de demissão de Rui Barbosa, então funcionário da instituição.

Até o século XIX, a Santa Casa foi uma das poucas instituições a prestar assistência aos pobres e desamparados na Bahia e abrigou durante anos a chamada "roda dos expostos ou enjeitados", que acolhia anonimamente crianças abandonadas. Localizado na entrada do Centro Histórico de Salvador, o complexo é um portal para a história de Salvador, e para significativa parte da história do Brasil.

A abertura dos novos espaços marca o fim da segunda-etapa do "Portal da Misericórdia", projeto de sustentabilidade coordenado e executado pelo Instituto de Hospitalidade (IH). O objetivo do projeto - que engloba o edifício-sede da Santa Casa e o conjunto de casarios que forma o corredor em frente à igreja - é aprimorar a atividade turística como forma de incrementar a economia local.

Para ler o artigo na íntegra, clique: Salvador abre ao público museu e alas da Santa Casa de Misericórdia