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Brasília/DF: Cotistas se aproximam dos Kalungas
Educardo Cunha. Portal UnB. CMI Brasil
janeiro/2006
 
Convênio concede 20 bolsas para estudantes cotistas da UnB trabalharem em projetos sociais de comunidades quilombolas.

Vinte estudantes cotistas da Universidade de Brasília (UnB) terão a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos e produzir estudos científicos sobre uma das populações remanescentes de quilombos, chamada Kalunga. São 958 famílias distribuídas em 884 domicílios situados em 62 povoados dos territórios dos municípios de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás (GO). Os alunos receberão uma bolsa mensal – no valor de R$ 300,00 – para desenvolver trabalhos sociais junto à comunidade. O auxílio será por um período inicial de seis meses com possibilidade de renovação por mais seis. A cerimônia foi realizada na tarde desta quinta-feira, 27 de janeiro.

O convênio – assinado em dezembro de 2005, entre a UnB a Fundação Universitária de Brasília (Fubra) – entra em vigor a partir de fevereiro desse ano quando os universitários começarão a levantar informações sobre os kalungas. O diretor Acadêmico da Fubra, professor Aiporê Rodrigues, explica que a Fubra já trabalha no incentivo de projetos sociais desde sua criação, em agosto de 1999.

Rodrigues ressalta que existem atualmente na Fundação, 53 projetos em andamento, ligados a questões raciais. “A idéia é aproveitar a política de cotas da UnB para, junto com esses alunos, trabalhar mais próximo dessa comunidade, ajudando assim seu desenvolvimento”, afirma.

O reitor da UnB, Timothy Mulholland, lembrou das dificuldades enfrentadas para implantar o sistema de cotas na instituição e explicou que a maior preocupação desde então foi não perder nenhum aluno por questões econômicas. “Além de ajudar a comunidade Kalunga, esta parceria contribuirá para a manutenção de nossos alunos na universidade. Já fechamos outras parcerias com órgãos superiores e iremos onde for preciso para conseguir mais bolsas garantindo assim a manutenção desses alunos”, destaca. Também estavam presentes à cerimônia de entrega das bolsas, o vice-reitor, Edgar Mamyia, e o decano de Ensino de Graduação, Murilo Camargo.

REALIDADE – O assessor de Diversidade e Apoio aos Cotistas da UnB, Jaques Jesus, responsável pela seleção dos bolsistas, explica que o primeiro passo será conhecer as características da comunidade Kalunga para identificar as carências da região. Para isso, serão agendadas reuniões com professores e alunos da UnB que já tenham desenvolvido algum tipo de trabalho no local. “Temos o interesse em conhecer qual a realidade dos Kalungas. Queremos contribuir com o nosso conhecimento, levando cidadania. Esperamos também aprender muito com a cultura deles”, declara.

Jesus acredita que esta experiência será muito válida para que todos os envolvidos no projeto tenham a oportunidade de conhecer como vivem essas comunidades fora do meio urbano. “Visitaremos a comunidade, pelo menos, uma vez por mês. Será uma experiência importante lidar com outras realidades que não estamos acostumados a vivenciar nas cidades”, diz.

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