A Polícia Federal informou ontem que fará uma perícia detalhada nas 33 obras do acervo da Biblioteca Nacional e coleções particulares que foram expostas em setembro no museu do Louvre, em Paris, e que chegaram ao Brasil na noite de anteontem.
O trabalho será feito porque a PF diz ter recebido do Ministério da Cultura denúncias de que as obras expostas poderiam ter sido falsificadas. Em uma análise preliminar feita ontem, com a ajuda da Receita Federal e técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), o delegado Deuller Rocha declarou que não há indícios de falsificação. O resultado da perícia ficará pronto entre dez e 15 dias.
As 33 obras -29 gravuras, um livro e três quadros de coleção particular- retratam o Brasil dos séculos 17 e 19. Juntas, estão avaliadas em US$ 18 milhões -R$ 16 milhões só o acervo particular.
Rocha afirmou que a conferência feita não indica falta de nenhuma obra do acervo. A suspeita de que a coleção estaria incompleta seria em virtude de o material não ter sido inspecionado pela Receita Federal quando deixou o Brasil, no dia 26 de setembro do ano passado.
Embora tenha confirmado que não houve vistoria das peças no embarque, Deuller afirmou que a coleção está completa. 'A Receita emitiu guias de todas as obras', declarou.
Sobre a operação, o delegado disse que o pedido do Ministério da Cultura foi feito com base no que ocorreu na Biblioteca Nacional, no ano passado, quando cerca de 900 peças foram furtadas do acervo. A diretora do Centro de Referência e Difusão da Biblioteca Nacional, Carmem Moreno, disse que acervo enviado está completo. 'Com certeza, tudo que foi voltou', afirmou ela.
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Acervo passará por perícia, diz PF