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Belo Horizonte/MG: Museu de Artes e Ofícios de BH será inaugurado esta semana
Sérgio Rodrigo Reis. Estado de Minas. Portal UAI
dezembro/2005
 
Em janeiro do ano que vem, novo espaço abre suas portas para o público

Milhares de trabalhadores desembarcam todos os dias nos trens e metrôs na Praça da Estação, em Belo Horizonte, prontos para dar vida aos ofícios do presente. Por outro lado, na parte interna dos prédios históricos do lugar, localizados no Centro da capital, a memória do trabalho vem à tona em um acervo precioso de 2,2 mil peças dos séculos 18 ao 20, pinçadas em regiões remotas de Minas e do Nordeste brasileiro. Em diálogo constante entre o passado e presente, finalmente sai do papel um dos projetos de preservação da memória mais audaciosos já realizados no estado: o Museu de Artes e Ofícios (MAO).

Na quarta-feira, o novo espaço será oficialmente inaugurado pelo Instituto Flávio Gutierrez, em solenidade para convidados. O público em geral só o conhecerá em 10 de janeiro. A espera valerá a pena. Poucas vezes se propôs ação tão pertinente na cidade. Com projeto arquitetônico e museográfico do francês Pierre Catel e investimentos até o momento da ordem de R$ 18 milhões, ao percorrer o local o visitante encontrará um amplo painel das relações sociais do trabalho no país nos últimos dois séculos.

“O público vai começar pela balança do escravo e terminar na carteira de trabalho”, anuncia a presidente do Instituto, Ângela Gutierrez, sentindo o peso da responsabilidade em administrar o lugar. Há sete anos, quando inaugurou em Ouro Preto o Museu do Oratório, depois de doar uma coleção de 162 oratórios e 300 imagens dos séculos 17 ao 20, ela viveu um momento de euforia. “Não consigo sentir algo semelhante agora. Tem sido diferente com este acervo pela necessidade que considero ter o país de preservar a memória do trabalho. Vejo como o museu tem tocado as pessoas quando vêem expostas os caminhos que o brasileiro percorreu com seus ofícios”, conta ela, que, na próxima quarta fará a doação oficial das peças ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A escolha do local para promover essa relação entre trabalhadores e seus ofícios não poderia ter sido melhor. Na estação central, os cerca de 25 mil usuários que ali circulam diariamente irão atravessar os corredores expositivos. As paredes de vidro que dividem os espaços das galerias entre as plataformas de embarque e desembarque permitirão uma interação única dos passageiros com parte do acervo...

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