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São Luís/MA: Casarão destinado a oficinas para crianças e idosos é embargado pelo IPHAN
Jornal Veja Agora
março/2006
 
BUROCRACIA

Há cinco meses, quando iniciou os trabalhos de recuperação do solar de nº 173, da Rua 14 de Julho, para abrigar as oficinas de arte e cultura para idosos e crianças da organização não-governamental "Casarão do Saber", o médico Aníbal Vital nunca imaginou que encontraria tantos obstáculos. Por fim teve ainda que enfrentar uma ação civil pública impetrada pela Procuradoria Federal por provocação do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional - IPHAN para embargar a reforma e adaptação do casarão.

Sonho antigo

O sonho de ter um casarão no Centro Histórico e de que ele viesse a abrigar uma obra social é antigo na vida do médico, que também é presidente da Associação Maranhense de Reumatologia. "Sou de São Luís, mas a minha formação acadêmica foi fora da capital. Quando retornei, passei nove anos trabalhando só para mim e para minha família, mas depois resolvi dedicar um ano inteiro de trabalho em favor das pessoas idosas necessitadas de assistência, atenção e carinho". "Nunca pensei em obter qualquer ganho, algum retorno, por isso, o meu desejo sempre foi o de ajudar essas pessoas, para que tivessem atenção, e seus direitos de cidadania respeitados", conta Aníbal.

O início

A primeira etapa foi comprar um casarão, adquirido após negociação com a Loja Maranhense de Maçonaria. Depois da compra procurou o IPHAN para pedir autorização para a reforma do prédio. Foi informado que deveria contratar um arquiteto para fazer o projeto. Segundo Aníbal, o CREA - Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, o informou que não era obrigatória a contratação do arquiteto e ele por questões de economia resolveu tocar a reforma sem esse profissional.

Procedeu à reforma completa do imóvel. Recuperou o telhado, construiu escadas, trocou piso e tudo o mais necessário para que as instalações se adequassem aos objetivos do projeto gastando sem ajuda de ninguém aproximadamente R$ 400 mil reais. "Não tive ajuda de nenhum órgão municipal, estadual ou federal". O médico fez questão de colocar que nunca quis e nem pretende um confronto com o IPHAN, apenas questiona o porquê do Instituto não poder oferecer às pessoas que querem investir num setor tão abandonado orientação técnica e uma postura colaborativa para intervenções como a que ele fez.

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