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Ecomuseu da UNIVALI: "Museu Alternativo de 2005”
Mônica Yamagawa
junho/2005
 
Em setembro, na França, O Ecomuseu da UNIVALI – Universidade do vale do Itajaí – receberá, do comitê de História Natural do ICOM (International Council of Museum), o título de “Museu Alternativo de 2005”.

A instituição localiza-se em Porto Belo, uma ilha particular em Santa Catarina, cerca de 69 km de Florianópolis. Os visitantes são transportados por pescadores, que montaram uma cooperativa, abandonando no verão a atividade pesqueira, para se dedicar à turística, cobrando R$ 8 por pessoa pela viagem de ida e volta.

A principal atração do museu é o acervo oceanográfico, porém, o percurso entre o desembarque e a entrada é um atrativo à parte: o visitante chegará ao museu através de uma passarela de madeira, com a altura das copas das árvores locais, para que as bromélias, figueiras e orquídeas não corram o risco de serem pisoteadas.

No museu, entre as atrações estão: a ossada de baleia de bryde com 13 metros de comprimento; o esqueleto de 3 metros de uma falsa orça; crânios de tartarugas marinhas; presas de mastodonte (ancestral dos atuais elefantes); crânio de um toxodonte (herbívoro da era glacial de uma tonelada); réplica do crânio de um tigre dentes-de-sabre – esses últimos, grande sucesso com as crianças, pois lembram os personagens da animação “A Era do Gelo”, repertório iconográfico do grupo na faixa etária de 10 anos.

Uma baleia e sete golfinhos taxidermizados (conservados através de processos específicos para animais marinhos, possibilitando a conservação da “pele” original), também fazem sucesso com o público que, além do acervo, também usufrui restaurante e quiosques de petiscos, construído em madeira.

O acervo não se limita aos animais marinhos. No gabinete original do naturalista Carlos Nicolau Gofferjé (falecido no mês passado), há dezenas de insetos, répteis, aves, antigos microscópios. Somando-se a essa variedade, uma preguiça gigante (megatério) em breve estará disponível para aos olhares dos visitantes.

Para concluir, um detalhe adicional: os cestos de lixos são artesanais, feitos em trançado de bambu. Depois de tudo isso, fiquei com vontade de visitar o local, você também, não?

FONTE: Folha de São Paulo. Cotidiano.