Quinhentos jongueiros de 12 comunidades dos estados do Rio e de São Paulo estarão reunidos, de amanhã a domingo, em Santo Antônio de Pádua, no Noroeste Fluminense. Haverá apresentações com tambores como o caxambu, o candongueiro e o tambu, típicos do ritmo africano trazido para o Brasil pelos negros escravizados. Além do ritmo propriamente dito, o jongo é canto e dança.
Será a décima edição do encontro e servirá como uma comemoração. Depois de quatro anos de tramitação no Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no dia 10 de novembro passado o jongo foi finalmente registrado como Patrimônio Cultural do Brasil. O registro marca o reconhecimento por parte do estado da importância desta forma de expressão para a conformação da identidade cultural brasileira.
O jongo foi praticado e consolidado por negros de origem banto que desembarcaram no Brasil na primeira metade do século XIX, para trabalhar em lavouras de café e cana-de-açúcar na região Sudeste, principalmente no Vale do Paraíba, e é cultivado até hoje nos quintais das periferias urbanas e de comunidades rurais dos estados do Rio, de São Paulo, de Minas Gerais e do Espírito Santo. Estava no limiar de um processo de extinção quando, em 1996, o professor Hélio Machado de Castro, da Regional de Santo Antônio de Pádua da Universidade Federal Fluminense, decidiu organizar na cidade, como um projeto de extensão da UFF, o I Encontro de Jongueiros.
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