Eles são ricos, têm alto nível cultural e uma compulsão doentia por artes. Na maioria dos casos, levam uma vida dupla: conciliam negócios legais ou carreiras bem sucedidas com a atividade criminosa. Investigações da Polícia Federal revelam que colecionadores reconhecidos no mercado estão por trás das quadrilhas especializadas no roubo de peças do patrimônio histórico e cultural brasileiro. Neste momento, pelo menos 635 obras que datam desde o século XVI estão sumidas, segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A PF ressalta que esse tipo de criminoso representa uma minoria entre os colecionadores. Mas com uma particularidade impressionante: as peças roubadas, muitas vezes por encomenda, são adquiridas apenas para satisfação pessoal.
— As peças ingressam imediatamente em coleções particulares, para o prazer único de seu dono ou no máximo de um grupo muito restrito e confiável. Não existe outra destinação possível — diz Deuler Rocha, delegado titular da Delegacia de Combate a Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal.
De acordo com o Iphan, o Rio é o campeão de furtos, com 431 peças. Em seguida, aparecem Minas (80) e Bahia (33). Foram roubados desde imagens, jóias e armas até documentos, livros, pinturas, fotos, portas de madeira e objetos arqueológicos.
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