Os 84 descendentes de escravos do Bairro do Cafundó, em Salto de Pirapora, região de Sorocaba, terão de volta as terras que receberam de seu antigo dono, um fazendeiro da região. O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, assinou portaria na qual reconhece os direitos da comunidade de quilombolas sobre uma área de 219 hectares. O terreno corresponde à área que o fazendeiro Joaquim Manoel de Oliveira doou a seus 15 escravos depois de libertá-los, em 1866, 22 anos antes da Lei Áurea. Atualmente, eles ocupam apenas 16 hectares, pois o restante das terras foi grilado.
A aldeia do Cafundó é conhecida mundialmente por ser uma das únicas comunidades remanescentes de quilombos a conservar parte das línguas ou dialetos falados na África. Durante mais de um século, os integrantes se comunicaram usando a cupópia, língua criada por eles próprios, usando termos lingüísticos africanos. A comunidade foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) em razão do interesse cultural.
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