Pelo menos 45 fachadas de prédios no centro da capital foram restauradas desde 1997 e recuperaram o aspecto da sua construção original. Um dos motivos foi uma lei de incentivo que desconta o IPTU dos proprietários de prédios tombados - que realizam essas reformas - por até 10 anos.
Não existe um levantamento preciso por parte dos departamentos que autorizam as obras tombadas - o Departamento de Patrimônio Histórico de São Paulo (DPH), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, além do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico do Estado (Condephat)-de quantas recuperações de fachadas foram realizadas no centro até hoje.
A fachada da Estação da Luz, no centro da capital, por exemplo, começou a ser restaurada em novembro de 2003. Durante um ano foram recuperados os tijolos e as esquadrias de metal e de madeira, além das duas marquises da fachada. Já a Caixa Econômica Federal investiu cerca de R$ 80 milhões na reforma de seus prédios e na implantação de um centro cultural no quadrilátero da Praça da Sé.
O restauro do Mercado Municipal, realizado em 2004, também contribuiu para a revitalização do centro. Em estilo neoclássico, o prédio foi inaugurado em 1933 e tem 28 vitrais de autoria do artista Conrado Sorgenicht Filho. Até a década de 60, o Mercadão foi o principal centro de abastecimento do estado. A reforma do prédio, que tem 12.600 m² e 18 portas, respeitou seus aspectos originais. As obras foram orçadas em R$ 19,9 milhões.
Em outubro do ano passado, a fachada da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, foi reinaugurada. As obras começaram em maio de 2004 e a primeira parte entregue foi o Pátio das Arcadas, símbolo da faculdade, em agosto de 2005. Das fachadas restauradas em prédios tombados no centro, mais de 20 delas são em edifícios particulares e foram subsidiadas pelos proprietários.
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Desconto em IPTU estimula obras de restauro em 45 prédios do centro