"Galpão metido a sebo", como definia o diretor, montado com equipamentos cinematográficos quase artesanais, foi o estúdio que permitiu a Mauro realizar seu último longa-metragem: "Canto da Saudade", de 1952. O filme - misto de documentário e ficção - é, de acordo com o cineasta, "uma homenagem a Volta Grande". Nele persistem o bucolismo rural e os carros de boi que características constantes da fase final de sua carreira.
Mobiliado com os móveis de cenário de "Inocência" - que Mauro tentou filmar em 1948, e chegou depois às telas pela direção de Walter Lima Júnior, que resgatou o roteiro do diretor mineiro -, o Rancho Alegre encontra-se hoje em condições precárias de conservação. Há cupins no forro de bambu trançado e rachaduras pelas paredes.
"Em novembro do ano passado tivemos uma audiência pública aqui na cidade, solicitando ao governo mineiro uma emenda no Orçamento de R$ 240 mil para a aquisição do imóvel que pertence à família de Mauro", explica Priscila Cardoso, secretária da Cultura de Volta Grande. Ela revela que, segundo informações extra-oficiais, o governador de Minas, Aécio Neves, deverá ir até a cidade entre o fim deste mês e o início de maio para fazer o anúncio da liberação da verba solicitada.
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