O consultor Marcelo Ferraz, representante do Ministério da Cultura na área de Preservação do Patrimônio Arquitetônico, vistoriou em fevereiro, o Forte de Itapema, localizado em Vicente de Carvalho, Guarujá, primeiro passo no sentido de restaurar a edificação, erguida no século XVI.
Localizada no Distrito de Vicente de Carvalho, o forte encontra-se em estado de abandono e o terreno no entorno serve de atracadouro de lanchas e de depósito para a Receita Federal.
Segundo o arquiteto Marcelo Ferraz, que participou de projetos de restauração de patrimônios históricos em 26 cidades brasileiras, a população não deve encarar o Forte de Itapema como um ‘‘bibelô’’ e, sim, como um exemplo “das coisas boas que a comunidade produziu no passado”, sendo ‘‘uma obrigação do poder público trazer de volta à vida contemporânea’ um patrimônio com tamanha relevância na história da colonização do Brasil”.
Atualmente, o prédio está sob a responsabilidade da Receita Federal e a Prefeitura trabalha na identificação da titularidade de posse da área, com o objetivo de delimitar onde começa e onde termina o terreno cedido à Receita Federal e definir a dimensão da área da Codesp, que fica no entorno da edificação, além da possibilidade de existirem áreas particulares no entorno do prédio histórico.
Somente a partir da definição da metragem da área de abrangência do forte é que a Prefeitura elaborará um projeto que contemple o aproveitamento turístico e cultural do prédio histórico e do galpão situado ao lado. As primeiras discussões giram em torno da instalação de um museu, com restaurante e espaços para exposição de arte caiçara.
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