Um serviço impecável. Isso poderá ser constatado pelas pessoas que visitarem o Pantheon dos Andradas, no Centro Histórico, a partir de segunda-feira (17). Depois de dois anos de restauração – iniciada em abril de 2004 - o Pantheon, um dos principais monumentos históricos da Cidade, será entregue em solenidade às 15h30.
Ali estão os restos mortais do Patriarca da Independência e Herói da Pátria, José Bonifácio de Andrada e Silva, e de seus irmãos Martim Francisco Ribeiro de Andrada e Antonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado, além dos despojos do irmão mais velho, o padre Patrício Manoel de Andrada.
Diante de sua complexidade, a restauração foi dividida em fases distintas. Inicialmente, aconteceram as obras mais pesadas: revisão das partes elétrica e hidráulica, troca de piso, substituição das telhas e eliminação de infiltrações, serviços executados pela Fazer Construções e Engenharia Ltda. Já as duas fases seguintes ficaram a cargo da Termaq. Ambas sob supervisão da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Seosp).
A Termaq contratou Júlio Passos, restaurador de pinturas artísticas; Anibal Ciminatti Fernandes da Silva, especialista em restauração de mármores, e Gelson da Costa, responsável pelo trabalho nos elementos em metais e pedras.
Foram douradas letras das frases ditas pelos irmãos Andradas e que fazem parte dos painéis de bronze com cenas da história do Brasil. As luminárias e o gradil em volta do túmulo de José Bonifácio foram decapadas (removida a tinta) para que o metal adquirisse sua cor natural. Houve ainda substituição dos vidros, polimento das placas de mármore e uniformização das paredes com massa especial.
O cronograma incluiu o resgate completo do mármore das paredes, lixadas, estucadas (para eliminar trincas e fendas) e polidas. As coroas de flores e os oito painéis onde estão reproduzidas cenas da história do Brasil – todos de bronze – foram limpos (igualando a cor) e encerados
CONSERVAÇÃO
Após o término do trabalho, os restauradores elaboraram um manual básico com procedimentos para conservação e limpeza do monumento. De acordo com ele, os mármores só devem ser limpos com flanela sem tingimento, as pinturas e os metais precisam ser apenas espanados e, caso necessário, os metais devem receber proteção com micro cera cristalina. Além disso, o local deve ser inspecionado semestralmente por pessoal técnico especializado em conservação.
PROJETO
O custo total da restauração foi de R$ 230 mil. A obra seguiu o projeto assinado pelo arquiteto Ney Caldatto, da Secretaria de Planejamento (Seplan), e recebeu a aprovação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa).
FONTE:
Prefeitura Municipal de Santos