Arquiteta Isabela Vecci reproduziu em papel o prédio do Cine Brasil e o conjunto Sulacap, no Centro de BH.

Por trás da minuciosa tarefa de montar uma maquete, está a satisfação de acompanhar, passo a passo, a "construção" de edifícios e ícones arquitetônicos que remetem à história de Belo Horizonte, ao valor de seu patrimônio cultural e mexem com a auto-estima do belo-horizontino. O projeto "Maquetes de Belo Horizonte", idealizado pela arquiteta Isabela Vecci, propõe uma reflexão sobre a cidade. Permite ao cidadão entender, bem de perto, como ele se relaciona com seus prédios e monumentos e se conscientizar da importância de preservá-los. Com o apoio do Museu Histórico Abílio Barreto (Mhab), a arquiteta lança esta sexta-feira, às 19h, as maquetes, em papel, do Cine Brasil e do conjunto Sulacap Sulamérica, no Centro, que serão vendidas ao público na loja do museu. A renda será destinada à Associação dos Amigos do Mhab. Ontem à noite, foi lançada, na Casa do Baile, a maquete virtual do conjunto arquitetônico da Pampulha, acompanhada de catálogo para pesquisas.

Mas essas não são as únicas maquetes criadas por Isabela Vecci. A idéia surgiu em 1998, quando ela assinou o projeto do café e loja do Museu de Arte da Pampulha (MAP). "Vi que o MAP não vendia produtos culturais, relacionados ao patrimônio histórico e que interagissem com o público", lembra ela, que criou as miniaturas da Igrejinha de São Francisco de Assis, em 2002, e da Casa do Baile, em 2003, dentro do projeto "Maquetes da Pampulha", custeado com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. "É preciso despertar o interesse pelas coisas da cidade e, assim, promover a educação patrimonial, ainda mais com a obra de Niemeyer. Se em Barcelona, na Espanha, quando visitamos 'A Pedreira', de Gaudí, podemos comprar uma miniatura, por que BH também não pode oferecer essa possibilidade a visitantes ou moradores?", indaga. A venda no MAP também é revertida para sua associação de amigos.

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