O casarão de José Felício, em Quixeramobim, erguido no século XIX, teve a sua arquitetura original alterada por seu proprietário. A Prefeitura alega que um decreto municipal impedia a obra já que o imóvel está em processo de tombamento

Um casarão erguido no século XIX, que foi casa de senhor de escravos e mantém intactos traços de uma senzala, localizado em Quixeramobim, a 224 quilômetros de Fortaleza, está ameaçado. Por conta de sua importância histórica, o casarão de José Felício, localizado ao lado da igreja matriz, está em processo de conclusão de tombamento pelo Governo do Estado. Mas isso não impediu que o seu atual proprietário, o comerciante Francisco Elói, alterasse a arquitetura original.

O diretor técnico do Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Iphanac) de Quixeramobim, Danilo Patrício, explica que há um protocolo de tombamento do imóvel que impede qualquer tipo de modificação do prédio. Mas ele relata que na madrugada de sábado para domingo, Elói começou a destruir a antiga senzala. Ele diz que a intenção do comerciante é construir no local um mercantil. ''O Instituto não questiona o direito de propriedade dele, mas defende a conservação da estrutura da casa que faz parte da memória coletiva da cidade''.

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