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Petrópolis/RJ: Alguma coisa está fora de ordem
Flávia Monteiro e Júlia MOtta. JOrnal O Globo
dezembro/2005
 
Acidade apresentada aos turistas como importante memória do Brasil Imperial perde, aos poucos, algumas de suas principais características. Especialistas apontam alguns pontos da estrutura urbano-paisagística de Petrópolis, única Cidade Imperial da América Latina, que se modificaram ao longo do tempo. As obras para construção do camelódromo próximo ao Palácio Grão-Pará, que pertence à família imperial e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), iniciaram um questionamento sobre a preservação do Centro Histórico. O Instituto Civis pediu ao Ministério Público a análise do caso e critica também a instalação de painéis luminosos nas ruas do Imperador e General Osório. Segundo a ONG, a iniciativa é um retrocesso no plano de revitalização da área.

Arquitetos e paisagistas apontam a falta de planejamento como a principal causa da descaracterização de Petrópolis, o que gera prejuízos à economia da cidade. Para o diretor do Instituto Civis, José Luiz Lima, o descuido com os pontos turísticos afasta os visitantes:

— Não cuidar do nosso patrimônio implica trazer prejuízos econômicos para Petrópolis. É preciso intervir, mas sempre com respaldo técnico.

Com investimento de R$ 225 mil, o município se concentra, neste momento, nas obras de reurbanização da Rua Epitácio Pessoa, local selecionado para implantar o camelódromo...

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