A beleza das igrejas de Penedo impressiona. Ora pela imponência, ora pela simplicidade. Dá para fazer o roteiro sem guia, mas assim pode-se perder boas estórias sobre a construção das igrejas e curiosidades sobre seus freqüentadores. A Igreja Santa Maria dos Anjos, por exemplo, levou 99 anos para ser construída e tem pintura no teto de Libório Lázaro Lial Alves. Em qualquer ponto da igreja, quando se olha para a pintura os olhares de Maria e dos anjos acompanham. A igreja, de 1669, é um exemplo do estilo barroco e está integrada com o convento e o Museu de São Francisco. O altar foi pintado com ouro em pó misturado com clara de ovo e óleo de baleia. Um amplo pátio abre caminho para as salas onde estão peças sacras antigas e outros objetos interessantes e curiosos como o ferro de fazer hóstia e a imagem de São Francisco tocando violino.
Na Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens, uma curiosidade contada pela guia é a separação entre os ouvintes da missa. Pobres ficavam na parte final da igreja. Nos bancos da frente só os ricos.
Na Igreja de São Gonçalo Garcia, em pleno Centro da cidade, o que chamam a atenção são as grandes imagens de santos, com peruca e roupa. Na Semana Santa, elas são retiradas da igreja e utilizadas nas procissões. No local, inaugurado em 1758, não são celebradas missas.
Mas é certamente a Igreja de Nossa Senhora da Corrente a que melhor resume as construções antigas de Penedo. Ela fica às margens do Rio São Francisco. O nome do templo ainda hoje é motivo de controvérsia entre estudiosos. Uns associam ao sobrenome de uma de suas benfeitoras, Ana Felícia da Corrente, enquanto outros ligam o nome de Nossa Senhora à correnteza do rio. Certo é que a devoção à Nossa Senhora da Corrente não é conhecida na iconografia católica.
A igreja mistura magnitude e simplicidade. No altar a imagem de Nossa Senhora da qual foram roubadas há cerca de 15 anos a coroa e a corrente de ouro. Durante a celebração de casamentos, os noivos eram envolvidos pela corrente para simbolizar a felicidade conjugal. É toda construída em madeira. Um painel com azulejo português chama a atençao do visitante para uma das paredes da igreja. Os pisos são ingleses importados pela família Lemos, de origem portuguesa.
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