A parte do forro do gabinete do prefeito Duciomar Costa, no Palácio Antônio Lemos, que desabou anteontem às 8 horas, deve estar restaurada em 60 dias. A área afetada, que mede cerca de sete metros, teria vindo abaixo devido à vibração provocada pelo trânsito e por motivos climáticos. O Corpo de Bombeiros, a Fundação Cultural de Belém (Fumbel) e a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) já trabalham para emitir um laudo técnico sobre o caso. Segundo a diretora do Departamento de Patrimônio Histórico da Fumbel, Filomena Longo, a perícia deve ser concluída na próxima semana.
No momento em que o forro caiu não havia ninguém na área do gabinete, que é usada principalmente para reuniões e cerimônias especiais. Os pedaços do forro, entretanto, foram suficientes para quebrar o tampo de vidro de uma mesa e as tábuas corridas do chão, que afundaram com o impacto.
O Palácio Antônio Lemos tem 123 anos e foi restaurado pela última vez em janeiro de 1993, o que, para Filomena Longo, é um fato que também pode ter contribuído para o desabamento. 'Uma restauração recente, sem dúvida, evitaria que o forro caísse', avaliou,
O desabamento, detalhou a diretora do Fumbel, foi resultado do descolamento da área do 'forro estuque', de inspiração clássica, que possui uma estrutura feita de régua de madeiras, massa, areia, barro e cal.
A diversidade do material usado para fazer esse tipo de forro, explicou Filomena, também acaba provocando um fenômeno de retração e dilatação devido ao calor e à umidade de Belém. O intenso trânsito às proximidades também seria outro fator de comprometimento da estrutura do prédio histórico, que já abrigou a Câmara Municipal de Belém, a sede do Poder Judiciário e a Assembléia Legislativa.
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Forro que caiu será restaurado