A Associação Comercial e Industrial de Guimarães abriu ontem as portas da sua ‘nova’ sede, mostrando as descobertas ali efectuadas aquando da construção de um piso subterrâneo. Durante a fase de apresentação aos jornalistas, Francisco Faure, arqueólogo res-ponsável pelas escavações, sublinhou a importância dos achados. “A ACIG tem sido muito paciente com a arqueologia”, disse.
O projecto de obras para a edificação de uma nova se-de da Associação Comercial e Industrial de Guimarães contempla a construção de uma cave e o rebaixamento do piso rés-do-chão.
Na execução da mema, ficou a descoberto um vasto leque de achados arqueológicos que, de acordo com Isabel Fernandes, directora do Museu Alberto Sampaio, “é muito dificil de encontrar em todo o país”.
Aliás, essa já tinha sido a nota dominante da apresentação de Francisco Faure, arqueólogo responsável pelas escavações.
Segundo a direcção da ACIG, as obras que, entretanto, entram em fase de conclusão, resultarão em quatro vantagens de interes-se público “imediato e relevante”. “O Centro Histórico ganhará uma nova Praceta de uso público; será reposta a ligação entre o Largo A. L. de Carvalho e a Viela de S. Crispim; a sede sa ACIG, imóvel classificado e um dos edifícios emblemáticos do Centro Histórico, ficará completamente recuperado, com melhores condições de utilização e de segurança; o Salão Multifunções, na cave, com as áreas complementares de funcionamento, com acesso directo e independente pela nova Praceta, ficará disponível para iniciativas de outras instituições”.
Por outro lado, a ACIG fala das ‘dádivas’ que a remodelação do novo edifício proporcionou com as escavações arqueológicas, quer no logradouro quer agora no interior do edifício.
Vários achados arqueológicos
Segundo o arqueólogo responsável pelas escavações, foram encontrados muros de várias épocas (século XV, XVI e XVII), silos com centenas de anos, material cerâmico muito abundante e diversificado e vários poços de abastecimento de água.
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Necessidade de construir cave escancarou portas do passado