Uma oportunidade de resgatar o passado. Assim pode ser definida a restauração de uma bela casa na esquina entre a avenida Mato Grosso e a Calógeras, em Campo Grande. Até então esquecido, o imóvel, que integra a esplanada ferroviária – área tombada pelo Patrimônio Histórico -, será destinatário de recursos de R$ 500 mil, oriundos do Ministério do Turismo.

A casa era moradia do engenheiro-chefe da NOB (Noroeste do Brasil), e tal prerrogativa lhe conferiu detalhes diferenciados, com traços da arquitetura alemã. Porém, ao longo do tempo, os caminhos de ferro (instalados em 1914) foram preteridos, e coube à casa, e ao passado histórico que carrega, apenas o esquecimento. Ao lado, um sobrado, onde funcionava um hotel, teve a mesma sorte.

Em maio do ano passado, a equipe do Campo Grande News constatou que os imóveis eram destruídos por vândalos, mato e cupins. O cenário era de decadência: lixo acumulado, móveis de madeira carcomidos por cupins, lustres e fiação roubados, além de inúmeras pichações. No interior das edificações, vitrais, pias de mármore e móveis de madeira maciça se configuravam fragmentos da época do auge da ferrovia.

A primeira medida para salvaguardar o local das ações de vandalismo foi tomada há duas semanas: os dois imóveis foram isolados com placas metálicas. “A iniciativa é para preservar o local e garantir segurança, além de sinalizar que lá haverá obras”, salienta o presidente da Fundac (Fundação Municipal de Cultura), Américo Calheiros.

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