Os terrenos contíguos à Igreja de S. Martinho de Lordelo do Ouro, onde será construído o edifício do Centro Social e Paroquial, foram outrora habitados por romanos. Os vestígios arqueológicos descobertos há dois anos remontam aos séculos IV e V depois de Cristo. Trata-se do único local fora do centro histórico onde foram encontrados vestígios de estruturas romanas.
Os achados foram descobertos na sequência de prospecções arqueológicas obrigatórias, uma vez que a Igreja de Lordelo do Ouro está classificada como de Interesse Público. No entanto, as escavações estão paradas desde Maio de 2004 por falta de verbas e ainda não se sabe quando poderão prosseguir.
“Precisamos de patrocínios. Já gastámos uma verba muito significativa (13 mil euros). O dinheiro já é pouco para o Centro Social e Paroquial, muito menos para escavações”, afirmou o pároco de Lordelo do Ouro, Domingos Oliveira. O sacerdote reconhece “que a situação é importante em termos culturais, não só para a paróquia, mas também para a cidade e para o País”. O custo das restantes escavações situa-se entre os 60 e os 75 mil euros, pois será possível obter apoio público a nível logístico.
Lei “injusta”
É para a legislação nacional que se direccionam as críticas da Paróquia de Lordelo do Ouro. “A lei diz que as prospecções têm de ser custeadas pela entidade promotora, mesmo que seja uma instituição particular de solidariedade social sem fins lucrativos”, lamentou o padre Domingos Oliveira, salientando que os paroquianos estão revoltados com a situação. Além do acréscimo de custos, a descoberta dos achados arqueológicos veio retardar a construção do futuro do Centro Social e Paroquial. Um equipamento “muito necessário” para a paróquia onde estão localizadas urbanizações sociais de grande dimensão (Aleixo, Pinheiro Torres, Mouteira, Bessa Leite, Lordelo e Condominhas).
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