Os trabalhos de restauro da ermida de São Gião da Nazaré vão começar já em 2006. Trata-se de um dos raros vestígios da presença dos Visigodos na Península Ibérica e foi descoberto em 1965 no meio de um estábulo. Depois de restaurado, o monumento vai ser aberto ao público.
A ermida de São Gião da Nazaré, um dos raros vestígios da presença visigótica na Península Ibérica, descoberto no meio de um estábulo, vai começar a ser restaurada em 2006, anunciou o Instituto do património arqueológico.
Estudos de arqueólogos e historiadores realizados ao longo da última década permitiram um conhecimento aprofundado do edifício e a elaboração do projecto de restauro do monumento, encontrado em 1965, mas que nunca foi aberto ao público por se encontrar em ruínas.
A equipa de arquitectos, chefiada por Vítor Mestre, e de engenheiros, coordenada por João Appleton, já concluiu os projectos que conduzirão, no próximo ano, ao início das obras de restauro e que mostrar “uma igreja que já foi casa agrícola”. “A ideia é conservar todas as épocas mas conseguir transmitir ao visitante que se trata de uma capela que também já foi uma casa ocupada pelo homem, e sem a qual a ermida não teria chegado aos dias de hoje”, explicou à agência Lusa Vítor Mestre.
As duas equipas também já foram responsáveis pelos primeiros trabalhos de consolidação estrutural do edifício e consideram que “é pouco comum no nosso país o Estado ter adquirido um imóvel que estava em pré-colapso”. “A ermida encontra-se actualmente estabilizada estruturalmente ao mesmo tempo que se realizou a escavação arqueológica dentro e na periferia do edifício o que nos levou a percebermos como era a capela antes de ser uma mistura de várias épocas”, disse Vítor Mestre.
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