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Passo Fundo/RS: O triste fim de uma história
O Nacional
março/2006
 
Nesta semana a população passo-fundense foi pega de surpresa com a declaração da destruição de um ícone cultural e histórico da cidade nascido na década de 60. Foi anunciada a demolição do Cine Teatro Pampa que por muitas décadas foi um ponto de encontros entre amigos, namorados e até inimigos. Para o filho do proprietário, Marcelo Timm, a família ainda não sabe o que fazer com o terreno.Existe a possibilidade de que seja alugado ou transformado em estacionamento. "Vamos partir para outro negócio", afirmou.
Segundo Marcelo, o principal motivo que levou a família à decisão de demolir o espaço foi o alto custo e o desprestígio da população quando eram realizados os shows. Perguntado se muitas pessoas tinham reclamado dessa decisão, Marcelo afirmou que não houve reclamações por parte da população. Para ele, as pessoas estavam simplesmente acostumadas com a fachada do prédio.
Hoje o Pampa se resume a poltronas empilhadas no saguão, assoalho e paredes sendo retiradas.

História

O Cine Teatro Pampa surgiu com a construção de um dos primeiros prédios que foi o Turis Hotel. Nasceu de uma sociedade constituída de mais de uma dezena de participantes, liderados pelo advogado e economista Salim Buaes. O tesoureiro dessa sociedade era o empresário Walter Scheibe e o administrador o empresário José João Holzbach. Houve um desentendimento quando a obra estava em pleno andamento e os três se afastaram para dar lugar a um grupo liderado pelo advogado Celso Fiori. Esse conseguiu levar até onde as finanças permitiram. Ante a ameaça de paralisação total da obra, assumiu a direção e chegou à fase conclusiva, não só do hotel como do cinema também, o empresário Thadeu Annoni Nedeff, que manteve Fiori como administrador.
Em 1961 era inaugurado o Pampa, que além dos filmes projetava documentários, jornais, jogos de futebol e espetáculos. Mário Cunha, por dez anos trabalhou no Cine Teatro Pampa como projecionista. Ele contou que as sessões de gala, as das 21h, eram as que mais lotavam. Filmes como Romeu e Julieta e o Candelabro Italiano lotaram os cerca de 1.500 lugares do Pampa. Mário herdou a profissão do tio, que também trabalhara no cinema, ele começou na profissão porque sempre ia visitá-lo no trabalho.

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