Foi declarada de utilidade publica pelo prefeito de São Paulo, José Serra, uma área de 6.353,16m2 entre a Avenida São João e as ruas Formosa e Conselheiro Crispiniano, no Centro da cidade (Decreto no 46.938/25/01/06). O intuito é o de transformar o quarteirão, que fica à frente do Vale do Anhangabaú, no pólo cultural “Praça das Artes”, que abrigará os anexos do Teatro Municipal, uma carência desde importante equipamento desde a sua criação em 1911.
O projeto elaborado pelo arquiteto da Secretaria Municipal de Cultura, Marcos Cartum, visa principalmente dar um novo uso ao prédio do Conservatório Dramático e Musical, que chega aos cem anos neste 2006 quase inoperante, apesar de todo o seu passado glorioso, e ao mesmo tempo resgatar a pracinha que existe nos fundos do imóvel, hoje usada para transbordo de lixo.
“A idéia de criar no Centro de São Paulo uma Praça das Artes surgiu a partir de um estudo das alternativas que a Secretaria Municipal da Cultura tinha para construir os anexos do Teatro Municipal. Como toda a esquina em frente ao prédio dos Correios há anos vem num processo de degradação contínua, o lugar era sem dúvida a melhor opção também para o processo de requalificação da área central. Além disso, ali está o prédio do conservatório, que perdido, intimidado e emparedado pela degradação é um desperdício para a cidade”, diz Cartum.
Tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), o prédio do Conservatório Dramático e Musical – hoje nas mãos da fundação que administra o conservatório – após ser desapropriado pela Prefeitura será restaurado e passará a ser a sede da Escola Municipal de Música. O prédio conservatório, no momento hipotecado, em seus tempos áureos recebeu alunos como Mário de Andrade e Camargo Guarnieri, quando o prédio abrigava 25 salas de aula, um auditório com 400 poltronas e uma biblioteca de 19 mil livros, muitos deles raros.
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Centro ganhará complexo cultural nas imediações do Vale do Anhangabaú