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Orquidário Municipal de Santos: patrimônio santista
Maria Cecilia Henrique Furegato1
 
Resumo
Este trabalho trata da historicidade do Orquidário Municipal de Santos. No texto encontram-se demonstradas que sua história é mais antiga do que relata a versão oficial e que sua importância transcende ao seu papel como equipamento de lazer e de turismo, uma vez que representa uma referência como patrimônio histórico–cultural santista.

Abstract
This paper focuses the history of Orquidário Municipal de Santos, demonstrating that it is more ancient than oficial registers shows and its importance is wilder than just that of a tourist and leasure facilities, since it represents a cultural and historical heritage of Santos

O Orquidário Municipal de Santos é um parque urbano com 22.240 m2, localiza-se no bairro do José Menino, no litoral paulista e recebe uma média anual de 260.000 visitantes. Este universo é composto não só por usuários locais e de cidades próximas, como também do interior do Estado e ainda de outros países, atraídos pela peculiaridade de seu acervo biológico. Inaugurado em 11/11/1945, para abrigar orquídeas, evoluiu para um parque zoobotânico, tornando-se o segundo equipamento turístico e de lazer do município em número de visitantes.

Oficialmente, relata-se que a criação do Orquidário decorreu do simples interesse do município em adquirir o patrimônio biológico (árvores e orquídeas) do Parque Indígena, após a morte de seu proprietário, Júlio Conceição, em 1938. No entanto a história do parque remonta ao início do século XX, mais precisamente em 1903, quando Saturnino de Brito iniciou suas atividades em nosso município à frente da Comissão de Saneamento, como veremos a seguir. E, de que forma o Orquidário tornou-se um referencial como equipamento de lazer e turismo para os santistas e moradores da região e qual o perfil de seu visitante é o que será mostrado, no próximo número desta Revista.

O ano de 1889 representou um marco trágico na história de Santos, por ter sido a cidade atingida por uma grave epidemia, sendo acometida por cinco moléstias ao mesmo tempo, levando à interdição do porto e provocando uma grita geral. Nesse contexto destacou-se a figura de Júlio Conceição, enquanto presidente da última Câmara Municipal do Império, em função da colaboração efetiva demonstrada durante a epidemia de febre-amarela. Júlio Conceição também era proprietário de várias casas comissárias de café e idealizador do Parque Indígena, precursor do Orquidário Municipal.

Em 1890, a situação continuava calamitosa e apesar das providências alegadas pela municipalidade, as epidemias começaram a subir a serra e a ameaçar o desenvolvimento do estado. Foi então que o governo estadual interveio na cidade, instituindo as Comissões Sanitária, em 1894 e de Saneamento, em 1902. O Governo do Estado encampara desde 1892 os serviços de esgotos para reforma e aproveitamento do que fosse possível da antiga rede. Em 1902, decide constituir uma nova rede, nomeando a Comissão de Saneamento que iniciou seus trabalhos em 1903, sob o comando do engenheiro José Pereira Rebouças. Seu projeto restringiu-se à rede de esgotos e adotou o sistema separador parcial que receberia a contribuição das águas pluviais. A partir de fevereiro de 1905, o engenheiro sanitarista Francisco Saturnino Rodrigues de Brito, assumiu com um novo plano (já proposto em 1898) constituído do sistema reparador completo ou absoluto com elevações distritais. O novo sistema era composto por duas redes distintas: a rede sanitária (sem contribuição das águas da chuva) e a rede pluvial (que excluía os dejetos) composta por canais de drenagem superficial que abrangia toda a planície. Esse sistema fora considerado ideal para uma cidade plana. Essa nova rede de esgotos consistiu-se na construção de coletores, emissários, sifões, estações distritais e uma usina terminal de elevação e emissão de despejos (no bairro do José Menino). Incluía também, a reforma completa das instalações domiciliares. Já para a rede de drenagem superficial (visando o enxugamento da planície e correção dos rios), Saturnino projetou a construção de quatro galerias e com cerca de 9,5 km de canais, cobrindo toda a planície. Projetadas inicialmente em número de oito e posteriormente ampliado para nove (num total de 14 km) permitiam o livre curso das marés. O movimento das águas pela força das marés impedia além da sua estagnação, também a criação de larvas de mosquitos, em especial daqueles transmissores da febre amarela. Os canais de drenagem foram construídos em cimento armado com taludes de gramados e margeados por árvores para atenuar o calor. Atravessados por pontes e passadiços que deveriam ser mais do que meramente utilitários, mas elementos de valor estético, como preconizava Saturnino de Brito. O emprego do verde nas cidades e sua importância para a saúde e bem-estar dos cidadãos era uma preocupação constante nas idéias urbanísticas de Saturnino de Brito. Conhecedor e seguidor das idéias do arquiteto e urbanista vienense Camillo Sitte (1843-1903), Saturnino buscava com sua visão urbanista, além de sanear as cidades, embelezá-las, remodelá-las fornecendo um padrão estético moderno, segundo seu conceito.

Dos nove canais, o UM , o primeiro a ser construído, a partir de outubro de 1905 e festivamente inaugurado em 27 de agosto 1907 e o NOVE (este subsidiário do Canal UM) e a usina terminal – localizados no bairro do José Menino – possuem relação direta com a história do Orquidário. Os trabalhos de abertura dos canais continuaram até o final da década de 20, drenando toda a planície e definindo a expansão urbana santista para ocupação das praias. A Usina Terminal ou de Elevação no bairro do José Menino, edificada num terreno adquirido pelo Estado, foi construída a partir de 1905 e inaugurada em 1907. Localiza-se ao norte do Clube dos Ingleses (antes, Santos Atletic Club) e conserva até hoje suas características arquitetônicas e funções originais. Providenciara Saturnino, “a expropriação de terrenos para facilitar acesso à Usina e execução de um belo parque semicircular em frente à Usina, destinado a logradouro para os moradores da localidade” (BRITO, 1944:386).

A desapropriação desses terrenos em frente à Usina para futura implantação de um logradouro público ocorreu a partir da parceria do Estado com o município, pela lei nº 35 de 11 de agosto de 1909. Quatro anos depois, em 1915, o Estado doava definitivamente os terrenos à municipalidade que deles poderia “utilizar-se para viveiro de plantas ornamentais, conservando o caráter de Logradouro Público”. Caberia ao município a execução “de todos os trabalhos conforme a planta projetada pela mencionada Comissão [de Saneamento] (...) ficando para ocasião oportuna a formação do parque” (Livro de Atas da Câmara - Parecer nº 212, 04/06/1915). Estava lançada a semente do futuro Orquidário Municipal que só seria resgatada a partir da morte traumática de Júlio Conceição em 1938, que além de rico exportador de café era um dos maiores orquidófilos de Santos. Note-se: vinte e três anos depois do parecer citado acima. Acrescentando a lembrança que o sítio do Orquidário encontra-se num terreno localizado em frente à Usina Terminal, separado pela alameda Adriano Neiva da Mota e Silva.

Durante quase 350 anos a população de Santos vivera no centro urbano original junto ao estuário, só começando a expansão em direção às praias, em fins do século XIX. Assim, após a intervenção higienizadora de Saturnino de Brito, a cidade agora salubre, com suas planícies drenadas, permitia a ocupação das praias ou Barra pela elite, oriunda do comércio do café, longe das áreas do trabalho (o Centro). A Barra e as grandes avenidas (Conselheiro Nébias e Ana Costa) passaram a ser ocupadas pelas famílias de posse da região, construindo chácaras de moradia ou de recreio onde passavam temporadas de veraneio. No Bairro do Boqueirão destacavam-se no início do século, entre a Avenida Conselheiro Nébias e a Rua Oswaldo Cruz (antigo Caminho Velho da Barra) o complexo de lazer Miramar e o Parque Indígena de Júlio Conceição. Essa elite ligada ao comércio cafeeiro não só importara um estilo de vida e cultura, como também as atividades de lazer: a europeização dos costumes.

O hobby do cultivo de orquídeas ou a orquidofilia, insere-se nesse contexto. A Inglaterra era desde o final do século passado, o referencial para aqueles que desejassem buscar conhecimento sobre orquidofilia ou estivessem interessados em adquirir pessoalmente sua própria muda (desde 1872, já havia naquele país, formas especializadas na produção e venda de exemplares raros de orquídeas). Essa elite apreciadora de orquídeas teve em Júlio Conceição, seu mais conhecido admirador e divulgador em Santos, destacando-se na área cultural e das ciências naturais, cuja atuação interessa diretamente à história da criação do Orquidário Municipal. Em 1895, Júlio Conceição adquiriu de Azurem Costa uma propriedade na época, Chácara Carneiro Bastos, que a partir de 1909 seria transformada no Parque Indígena.

As orquídeas, maior atração do parque, foram adquiridas ou coletadas das matas, procedimento bastante comum na época. O Parque ocupava uma área de vinte e dois mil metros quadrados e localizava-se na avenida Conselheiro Nébias nº 844 no bairro do Boqueirão. Tinha como limites a avenida a beira-mar (Vicente de Carvalho), a atual rua governador Pedro de Toledo e a própria avenida Conselheiro Nébias. As atuais ruas Ângelo Guerra e parte da Artur Assis encontravam-se dentro deste perímetro. A residência era em estilo eclético - bastante apreciado na época - e o que mais se destacava no conjunto era o parque formado ao redor da residência, considerado um verdadeiro “jardim-botânico”.

As orquídeas eram cultivadas em ripados e ao ar livre. O Parque Indígena tornara-se um referencial turístico na cidade e o local aglutinador dos orquidófilos. Franqueado à visitação pública, recebia turistas nacionais e estrangeiros. Embora, entre a inauguração do Parque Indígena, em 22 de janeiro de 1932, por ocasião das comemorações do IV Centenário de São Vicente e a morte de seu fundador em 10 de setembro de 1938, tenha decorrido um período muito curto de existência para o Parque, este fora suficiente para torná-lo uma referência em Santos. Após a morte de Júlio Conceição, o Parque Indígena continuou funcionando até os primeiros anos da década de 40. Conquanto tenha sido indicado como área ideal para construção do futuro Aquário Municipal, o Parque acabou sendo loteado a partir de 1944. Parte do acervo botânico foi adquirido por um valor simbólico pelo município (as orquídeas e algumas árvores, embora o número exato de plantas seja sempre conflitante). Ao longo dos anos, Júlio Conceição arregimentara em torno de si a elite local, apreciadora de orquídeas e sua morte desencadeou o processo de formação da Sociedade Santista de Orquidófilos.

O período que engloba o início da formação do Parque Indígena até sua inauguração coincide com a fase áurea do café, principalmente a década de 20. Os negócios com o café eram o principal ramo de atividade de Júlio Conceição. A grande crise cafeeira, em 1930 causou um impacto negativo na cidade, transformando-a e levando-a ao empobrecimento: as casas das avenidas das praias ou próximas a elas foram substituídas por pensões e hotéis de veraneio e posteriormente, por prédios de apartamentos para fins-de-semana e finalmente, utilizados como moradias permanentes.

Essa solução aparentemente simples e conveniente encontrada pelo poder público demonstra implicitamente o poder político que os membros da Associação dos Orquidófilos de Santos (AOS) possuíam neste período (não se pode esquecer que a maioria dos associados, como Júlio Conceição, pertencia à elite local). Esse poder político associado ao econômico levou à Prefeitura a resgatar o projeto do “horto-botânico” concebido por Saturnino de Brito, “engavetado” até aquele momento e aguardando o melhor momento para sua execução, desde 1915.

A “providencial” aquisição da coleção de Júlio Conceição pelo poder municipal tem outros aspectos a serem considerados. Com a transformação e o empobrecimento da cidade após a crise do café, vários orquidófilos como outros membros da elite santista, deixaram de morar em grandes residências e conseqüentemente, de dispor de extensas áreas para a construção dos ripados necessários ao cultivo das orquídeas. Tornara-se bastante conveniente utilizar um espaço público onde membros da associação pudessem reunir-se periodicamente. Instalando-se assim, a sede social da AOS no Orquidário desde sua criação em 1945. Havia ainda um outro sentido na criação de um orquidário público, que talvez não estivesse claro para essa elite: perpetuar o Parque Indígena e consequentemente a memória de Júlio Conceição, símbolo maior da orquidofilia e desse grupo. Como bem exemplifica Marques dos Santos (1997:19):

“... a memória seja ela qual for e venha de onde vier, das classes dominantes ou das classes dominadas é a reconstrução do passado no presente vívido, tendendo a projetá-lo no terreno do sagrado. Ela sacraliza o passado, partindo, para quem rememora, de uma relação afetiva com o passado que tende a mitificá-lo. Não existe memória que não passe pela afetividade. Portanto, em qualquer nível, em qualquer situação, a memória instala o passado nos altares”.


Inauguração do Orquidário Municipal
O Parque Indígena Orquidário Municipal de Santos, ou Parque Indígena II - como era inicialmente designado, e cuja denominação encontra-se hoje totalmente esquecida - foi concebido, construído e inaugurado sob a administração dos três primeiros prefeitos interventores, nomeados durante o Estado Novo3. Sua inauguração ocorreu às 10h30 do dia 11 de novembro de 1945, juntamente com a 3ª Exposição Municipal de Orquídeas. Na ocasião, discursou Lincoln Feliciano, o terceiro dos prefeitos interventores, perante um grande público, diversas autoridades civis e eclesiásticas além de membros da Associação dos Orquidófilos.

O Orquidário Municipal de Santos, criado inicialmente com a proposta de ser um mostruário de orquídeas (tanto cultivadas em ripados como instaladas em árvores dispersas em seus canteiros), transformou-se paulatinamente, num representante urbano de mata tropical em função do exuberante desenvolvimento vegetal do seu estrato arbóreo-arbustivo (independentemente de qualquer intervenção humana) e, embora apresente essa “fisionomia” da mata tropical úmida nativa, possui um número considerável de espécies exóticas mescladas às nativas. Porém, se a atuação humana pouco contribuiu para este exuberante desenvolvimento o mesmo não se pode afirmar quanto à manutenção do Parque como um todo. Após a saída do primeiro administrador do Orquidário, Ignácio Manso Filho, em 1978 - antigo funcionário de Júlio Conceição e grande conhecedor de orquídeas -, após 30 anos de trabalho, o Parque passou por um longo período de descaso. Grande parte da coleção de orquídeas se perdeu e o acervo zoológico foi depauperado. Como conseqüência, alguns moradores do bairro mobilizaram-se formando uma entidade civil denominada “SOS Orquidário Íntegro” que passou a cobrar ativamente a recuperação e preservação do logradouro por parte do poder público municipal. Embora tenha extrapolado em alguns momentos, constituiu-se, por outro lado, num fator preponderante para tirar o poder público do imobilismo e desinteresse que demonstrava, graças, sobretudo, ao espaço que a entidade obteve junto à mídia local. Além de reformas emergenciais, foi instituída uma equipe multidisciplinar para elaborar um “Plano Diretor” para Orquidário Municipal, em 19904. Essa equipe, da qual tive a oportunidade de fazer parte, propôs uma série de medidas a serem adotadas como seleção de plantel e prevalência da flora e fauna nativas, após contar com a colaboração de vários profissionais notáveis de áreas afins. Muitos avanços foram obtidos e outros ainda faltam, mesmo após uma série de intervenções que o Parque sofreu em 1995, por conta das comemorações do seu cinqüentenário.

Na atualidade, a denominação Parque Indígena II ao Orquidário é praticamente desconhecida pela população em geral. Somente obras de época fazem referências a ela. O próprio nome Orquidário passou a ser uma vaga referência às orquídeas, uma vez que o Parque destaca-se atualmente pela peculiaridade de sua fauna e flora, constituindo-se as orquídeas mais um elemento do conjunto. Não se pode esquecer que a orquidofilia nos dias atuais popularizou-se, ao contrário do início do século, quando era um hobby da elite, pois exigia alto poder aquisitivo para obtenção e manutenção dos exemplares coletados diretamente na natureza, menos resistentes às condições artificiais das “estufas” nas cidades. Hoje, em contrapartida, com o desenvolvimento de plantas mais resistentes cultivadas artificialmente, da difusão das associações de orquidófilos amadores e de produtores comerciais, a orquídea tornou-se, de uma forma geral, acessível a todos, embora para muitos persevere a imagem de uma flor rara e de difícil cultivo.

De sua concepção original, conserva o lago central, a pérgula com colunas de pedra localizada à entrada do Parque e parte do muro circundante com base de pedra e fechamento superior utilizando elemento vazado de concreto. Possui ainda, os ripados para cultivo de orquídeas também com base de pedra, arcos de tijolos à vista e treliça de madeira, e a antiga residência do administrador revestida em pedras que posteriormente, transformou-se na sede do Fundo Social de Solidariedade e hoje, destina-se ao Setor de Educação Ambiental. A edificação que compreende o Mostruário de Plantas (originalmente coberta com telhas de vidro e hoje, com telhas plásticas) e a Associação de Orquidófilos, também foi construída no mesmo estilo neocolonial das demais edificações. A edificação que abriga a administração, refeitório e sanitário de funcionários do Parque além dos sanitários para uso público, data da década de 70, e em nada se compatibiliza com as demais construções. No Mostruário de Plantas - equivalente ao Pavilhão “Mira-flores” do Parque Indígena de Júlio Conceição - ocorrem além da exposição permanente das orquídeas floridas do Parque, a exposição anual de orquídeas, da qual participam cidades do interior paulista e de outros estados. Destaca-se como um dos principais atrativos do Parque, por sua beleza e harmonia de formas a escultura de granito, em estilo art déco, a “Ninfa de Naiade” ou “Mulher de Pedra” como é popularmente conhecida. Obra do escultor João Batista Ferri5 teve uma trajetória peculiar até ser definitivamente instalada no Orquidário, em 1956.

Não cabe aqui conclusão. O artigo, como já havia dito anteriormente, terá uma seqüência no próximo número. No entanto, para o leitor interessado em conhecer com maiores detalhes o assunto, deixo registrada, com antecedência, a bibliografia.
 
1Bióloga da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Santos desde 1984. Trabalhou no Orquidário Municipal de Santos de 1984 a 2000. Mestre em Turismo e Meio Ambiente pelo Centro Universitário Ibero-Americano, em 2001.
2O Canal UM é a retificação do rio “dos Soldados”, que começa no estuário na Bacia do Mercado, continua seu curso pela rua Rangel Pestana (coberto na década de 40), atravessa a avenida Ana Costa em direção oeste, recebendo o nome de avenida Pinheiro Machado até atingir a praia no Bairro do José Menino. No bairro recebe o Canal NOVE, ou Canal da avenida Barão de Penedo, conhecido popularmente como “Canal do Orquidário”. Esse canal nasce no Morro de Santa Terezinha, atravessa todo o Orquidário e prossegue pela avenida Barão de Penedo, desaguando no Canal UM a poucos metros da praia.
3Idealizado pelo engenheiro Zenon Loput no período administrado por Cyro de Athayde (14 de julho de 1938 a julho de 1941). Construído durante a administração de Antonio Gomide Ribeiro dos Santos (julho de 1941 a julho de 1945) e inaugurado na fugaz administração do advogado Lincoln Feliciano (agosto a novembro de 1945).
4Portaria 50/90 - GP de 19 de julho de 1990. Diário Oficial do Município.
5O escultor João Batista Ferri, nasceu em São Paulo em 1896. Estudou no Liceu de Artes e Ofícios e na Academia Brera, Milão. Em sua obra, destacam-se além da escultura “Ninfa de Naíade”, o Gladiador em Descanso”, localizado defronte ao Prédio da Pinacoteca do Estado (Fonte: Enciclopédia Delta Larouse).