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Rio de janeiro/RJ: Infiltrações atingem prédios históricos
Jacqueline Costa. Jornal O Globo
fevereiro/2006
 
A última chuva caiu na terça-feira passada, mas, uma semana depois, as paredes da sacristia da Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, na Praça Quinze, continuam úmidas. Tudo porque um sobrado pertencente à Santa Casa de Misericórdia, na Rua Primeiro de Março 20, estava sem telhas e sem calhas, o que fez com que a água dos temporais escorresse pelas paredes de pedra e óleo de baleia das construções vizinhas, como informou a coluna Gente Boa do GLOBO. A fachada da igreja fica na Rua do Ouvidor e a parte de trás é limítrofe com o imóvel desocupado. Pelo menos mais um imóvel de valor histórico foi atingido pelo mesmo problema.

Segundo o sacristão Florentino Tomáz da Silva, a irmandade está sem recursos para fazer os reparos necessários na igreja, que é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1938.

— O problema já existia, mas piorou bastante porque as últimas chuvas foram muito fortes. A irmandade não tem verba, mas também não adianta consertamos aqui, se a Santa Casa não fizer a sua parte — disse Florentino.

A igreja — que foi inaugurada em 1755 e é uma das raras no Rio que têm planta em forma de elipse — foi reinaugurado em 1999, depois de uma minuciosa reforma que durou três anos e contou com o apoio da Fundação Roberto Marinho. O projeto teve orçamento de R$ 1,35 milhão.

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