Começam na próxima segunda-feira (24), ao custo de R$ 11.802.084,89 e com duração prevista de 18 meses, as obras de restauração da Igreja da Sé, em Belém. O anúncio foi feito ontem pelo secretário de Cultura do Estado, Paulo Chaves Fernandes, na cerimônia de assinatura do convênio entre a Secretaria Executiva de Cultura (Secult) e a Arquidiocese de Belém para a execução do projeto. O trabalho, fruto de um estudo iniciado em 2003, envolverá profissionais de áreas como arquitetura, engenharia, arqueologia, restauração de obras de arte, museologia, arquivo e biblioteconomia. O convênio contempla mais um projeto de restauração do monumento cultural localizado no primeiro sítio da cidade, que abriga a Igreja de Santo Alexandre, Museu de Arte Sacra, Casario da Rua Padre Champagnat, Forte do Presépio e Casa das Onze Janelas, e é considerado pela Secult 'a mais ampla intervenção urbanística em conjunto de grande densidade histórica que se tem notícia em Belém'.

A assinatura do acordo foi precedida por uma longa explanação do titular da Secult, que traçou um painel histórico-arquitetônico sobre a catedral e esmiuçou alguns detalhes sobre as diversas falhas que compuseram o rol de modificações estruturais feitas sem qualquer critério ao longo dos últimos anos. Era uma clara resposta às críticas ao projeto, sobretudo as presentes no desabafo do cura da Sé, padre José Gonçalo, que na quarta-feira fez um discurso contundente contra o projeto em sessão especial da Câmara de Vereadores de Belém. Na opinião do padre, as obras privilegiarão os traços históricos e arquitetônicos em detrimento da funcionalidade da catedral, 'como se a igreja não tivesse comando, fosse administrada pelos anjos e tudo o que fora construído ao longo dos anos estivesse errado'.

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