Em paralelo às políticas de tombamento de cidades do interior e outras capitais do Nordeste, a política de preservação de patrimônio em Fortaleza parece ideal. Pelo menos no papel: a legislação é plena em todos as instâncias - municipal, estadual e federal. A capital cearense dispõe de bens tombados pela Prefeitura, Governo do Estado e Governo Federal. No entanto, enquanto Salvador e Recife - por exemplo - exploram o turismo a partir de seu patrimônio histórico, a relação de imóveis sob preservação do poder público em Fortaleza é deficiente. Mesmo se comparada a cidades nordestinas com menor potencial econômico. Em João Pessoa, capital da Paraíba, a Prefeitura divide a função de tombar. Atua no setor através da Comissão do Centro Histórico de João Pessoa.
Enquanto, em Fortaleza, a sede do poder público municipal deixou o centro para ocupar um prédio alugado na avenida Luciano Carneiro, na gestão passada, a capital paraibana mantém sua sede na região central como forma de valorizar o patrimônio histórico. "Todas as ações de tombamento envolvendo o Centro Histórico abrangem as três esferas de poder. Há um projeto de revitalização do Centro vigorando há 18 anos. São 410 hectares, com cerca de 6.500 edificações.
Incluindo igrejas, vários casarios com seus traçados originais. A sede da Prefeitura é locada em um prédio monumental do século XX. A do governo estadual, em um antigo convento dos jesuítas. A cidade fez 420 anos e o bem tombado mais antigo é a Igreja da Santa Casa de Misericórdia, com 410 anos", detalha Sônia Gonzalez, representante da comissão paraibana. Vale ressaltar que a atual gestão da Prefeitura de Fortaleza manifestou a intenção de transferir o centro administrativo de volta para o centro; o tombamento do paço municipal pode ser considerado o primeiro passo para isto, porém ainda não há prazo definido para a mudança.
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