Construído no século 17 e tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1938, o prédio da Santa Casa da Misericórdia, em Salvador (BA), ganhou um novo museu.
O antigo espaço que funcionava no local foi completamente desativado e passou por uma reforma que durou quatro anos.
Todas as características originais do prédio foram mantidas após a reforma. Os obras contemplaram o salão nobre, a sacristia, a galeria e a Ala Ritual do Museu da Misericórdia, que contém um acervo de 1.754 peças catalogadas, entre pinturas, mobiliário, esculturas, alfaias, imagens sacras e painéis em azulejaria portuguesa, datadas dos séculos 17 ao 20.
Todo o acervo do museu foi recuperado por uma equipe de especialistas comandada pelo restaurador argentino Domingo Tellechea.
"Quem vê esse acervo percebe claramente a evolução da história de Salvador, da Bahia e do próprio Brasil", disse a museóloga, Jane Palma.
De acordo com Palma, que coordena o novo museu, a Santa Casa da Misericórdia foi fundada no mesmo ano de Salvador, em 1549 -suas instalações funcionavam a menos de 800 metros do prédio que hoje abriga a entidade.
Além de preciosidades como a primeira imagem de cavalete do país, de 1699, a nova área apresenta também espaços rituais, como a Sala do Definitório (salão nobre), com um forro formado de 15 painéis em óleo sobre madeira.
Além de obras históricas, o museu também ganhou peças de artistas contemporâneos como Bel Borba, Carmem Penido, Grace Gradin, Luísa Olivetto, Tati Moreno, Mário Cravo Júnior, Cristian Cravo, Sérgio Ferro, Sérgio Rabinovitz, Caetano Dias, Eliana Kertész, Maria Adair, Juraci Dórea e Juarez Paraíso, entre outros.
Durante a inauguração do museu e das instalações da Santa Casa da Misericórdia, anteontem à noite, o diretor da Faculdade de Economia da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), Rubens Ricupero, falou sobre a história da entidade desde a sua fundação.
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Salvador ganha novo museu