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Governo do Estado cede área dos Casarões do Valongo à Prefeitura
Prefeitura Municipal de Santos
setembro/2006
 
Estado e Município deram, nesta sexta-feira (1º), um passo à frente no movimento que visa resgatar e preservar, no País, a memória do santista José Bonifácio, Patriarca da Independência. Em Santos, onde abriu a programação estadual da Semana da Pátria, o governador Cláudio Lembo assinou decreto autorizando a Prefeitura a utilizar a área das ruínas dos Casarões do Valongo para instalação do Memorial José Bonifácio.

O ato aconteceu no alpendre da Estação do Valongo. “O uso do terreno será nobre e apropriado para resgatar a memória, a arte e obra do José Bonifácio”, comentou o governador, considerando o projeto fundamental para a história da Cidade.

Na ocasião, o prefeito João Paulo Tavares Papa lembrou que o projeto do Memorial já está em andamento. “O acervo será qualificado para que todos, principalmente os jovens, conheçam a história do Patriarca da Independência, nascido aqui em Santos”, destacou, acrescentando que trata-se também de mais uma conquista para a revitalização do Centro Histórico.

O imóvel, que já foi sede da Câmara e Prefeitura, pertencia a duas famílias que entraram em acordo com o governo do Estado. Tombados pelo patrimônio histórico, os casarões que ali existiam foram parcialmente destruídos por dois incêndios. Hoje restam apenas algumas paredes e a área está interditada.

De autoria da Secretaria de Planejamento (Seplan), o projeto do Memorial prevê aproximadamente 4 mil m² de área construída e custo inicial de R$ 15 milhões. A proposta é restaurar e reconstruir as paredes externas do prédio erguido em 1865 e no interior arrojar com a arquitetura contemporânea, o que deve surpreender o público.

Dividido em três blocos, o Memorial incluirá exposição do acervo do patriarca, centro de documentação e pesquisas, auditório, biblioteca e cafeteria. Com os recursos disponíveis, as obras devem ser concluídas em dois anos.

BOLSA DE CAFÉ
Ainda na oportunidade, o governador anunciou a liberação do último andar da Bolsa Oficial de Café para a Associação de Amigos do Museu dos Cafés do Brasil que administra o térreo e o mezanino do prédio. O projeto para o quarto andar é ampliar o museu.

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