O avançado estado de degradação de parte do Mosteiro beneditino de Santo André de Rendufe, no concelho de Amares, está a deixar os responsáveis da Câmara local à beira de “um verdadeiro ataque de nervos”, agravado pelos sucessivos adiamentos de intervenção do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR).

Em causa está o “risco iminente de derrocada do alçado lateral sul” do mosteiro, o que constitui “uma ameaça permanente para os transeuntes e automobilistas que utilizam a via municipal que faz a ligação entre os concelhos de Amares e Vila Verde”, conforme alertou, em conversa com o CM, o presidente da Câmara, José Barbosa.

O autarca manifestou-se perplexo com a inoperância do IPPAR, depois de ter recebido a informação de que a instituição não dispõe de verbas para avançar com o projecto que havia sido aprovado para uma intervenção de fundo no edifício, com vista a desenvolver uma estrutura de dinamização cultural.

O Mosteiro de Rendufe – cujas origens remontam ao século XII e está classificado como imóvel de interesse público desde 1943 – esteve no centro de uma forte polémica popular devido ao processo de aquisição por parte do Estado a um privado, que ainda não recebeu a totalidade do pagamento acordado e que ficou com a gestão da quinta agrícola envolvente.

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