Patrimônio histórico e religioso, a Igreja Matriz de São José dos Campos está pedindo ajuda. Problemas de infiltração e falta de manutenção colocam em risco o prédio que recebe cerca de 600 pessoas diariamente.
Marco zero da cidade, a matriz surgiu em 1643 a partir da construção de três capelas. Construída em alvenaria em 1934, a igreja hoje sofre com graves problemas de infiltração, que ameaçam o patrimônio interno da Matriz.
Como se não bastassem a umidade e os pontos de bolor espalhados pelas paredes, buracos no teto, vitrais quebrados, molduras trincadas, corrimão solto e portas de madeira danificadas agravam ainda mais a situação da igreja.
No teto da nave central, os quadros que retratam os sete dons do Espírito Santo pouco-a-pouco vêm sendo tomados pelo mofo. Nos cantos das paredes, as infiltrações já descamam a pintura original.
No altar de entrada, imagens de santos também estão em estado de degradação. A estátua de Santo Antônio e do Coração de Jesus estão com os dedos quebrados.
Na última semana, um dos quatro lustres da igreja caiu, assustando os fiéis que participavam de um encontro religioso e chamando a atenção dos devotos para a situação do prédio.
Em seus 72 anos de existência, a Matriz passou por pequenas reformas. A última, realizada há cerca de um ano, recuperou a Capela do Santíssimo e a imagem de São José, padroeiro da cidade.
Outros reparos na fachada e no telhado foram realizados há quatro anos pela Mitra Diocesana, com o acompanhamento do Departamento de Patrimônio Histórico da Fundação Cultural Cassiano Ricardo.
DESOLAÇÃO - Sacristã há 11 anos, Laura Isabel Vieira, 60 anos, lamenta os danos causados pelo tempo no prédio religioso e afirma que a situação se agravou nos últimos dois anos.
"Essa igreja faz parte da história da nossa cidade. É o ponto de parada de muitos fiéis. Para mim representa tudo, meu trabalho, minha casa, meu canto de oração."
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A Igreja Matriz pede socorro