Miguel Azguime e Paula de Castro Guimarães dedicaram-se, nos últimos três anos, à criação deste projecto.
Rui Vieira Nery e António Pinho Vargas criticaram “a falta de empenho e investimento na Cultura” em Portugal, em contraste com o surgimento de “tantos bons valores”. O musicólogo e o compositor falavam na sessão de apresentação do Centro de Informação de Música Portuguesa na Internet – www.mic.pt – que decorreu na sede do Instituto Camões, em Lisboa.
“Estamos a viver um dos momentos mais dramáticos do investimento na cultura e um dos momentos mais espantosos na revelação de novos talentos”, afirmou o musicólogo e responsável da Fundação Calouste Gulbenkian.
“Desde a segunda metade do século XVIII que não surgiam tantos bons valores”, disse também o ex-secretário de Estado da Cultura.
Segundo Pinho Vargas, “Portugal está sempre a ser comparado com a Europa em termos de competitividade”, mas, “quando a União Europeia se alargou aos 25 Estados-membros, apenas Portugal não dispunha de um centro de documentação de música erudita”.
O compositor assinalou ainda que “é mais fácil encontrar uma pauta de um
compositor estrangeiro do que de compositores nacionais, vivos ou mortos” e criticou que “continue a parecer fino recorrer aos cânones internacionais”.
A mesma posição foi partilhada por Vieira Nery, que é também professor de música, e pelo compositor Miguel Azguime, um dos mentores do novo site, que recordou ser extremamente difícil aceder a partituras de Luiz de Freitas Branco, Lopes Graça ou Jorge Peixinho “quando estudava composição”.
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Música portuguesa já tem site