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Marketing se une à tradição do tacacá
Aline Monteiro. Portal ORM. O Liberal
março/2006
 
O tacacá, que já existia antes da chegada dos colonizadores, pode entrar no registro do Iphan e se transformar em empreendimento empresarial

Planejamento, visão empresarial, qualidade de atendimento, marketing. No que depender do Conselho da Mulher Empresária, tópicos como esses passarão a fazer parte do vocabulário das tacacazeiras de Belém até 2007. Elas são um dos focos do projeto 'Mulheres Empresárias na Região Metropolitana de Belém', em parceria com o Sebrae, que pretende incrementar os negócios gerenciados por mulheres, aumentando a formalização de empresas, a geração de emprego e renda e o faturamento em até 25% nos próximos dois anos. Para tanto, o Conselho inicia uma agenda de cursos de qualificação em abril, seminários de associativismo e coorporativismo e discute também com os tacacazeiros a idéia de padronizar os pontos de venda e criar uniformes para eles.

A coordenadora do projeto, Fátima Chamma, diz que a proposta foi desenvolvida a partir da verificação de que os negócios gerenciados por mulheres passavam por problemas como baixa capacidade de gestão, dificuldade de acesso ao sistema de crédito e baixo nível de planejamento. 'No caso específico das tacacazeiras, verificamos carência de projetos arquitetônicos para os locais de venda, falta de informação sobre higiene de alimentos e de infra-estrutura para isso, inexistência de técnicas de marketing, falta de associativismo e de apoio das instituições públicas'.

Para reverter esse quadro, o projeto, que também engloba empresas gerenciadas por mulheres - prevê um investimento em torno de R$ 1 milhão em ações específicas, com previsão de atendimento a 40 tacacazeiras em dois anos.

Dezoito tacacazeiros (há também homens inseridos no setor e que serão atendidos pelo projeto) foram cadastrados para os primeiros cursos. 'Num primeiro momento, vamos trabalhar com aqueles localizados nos corredores turísticos de Belém. Esperamos bons resultados, conseguimos uma boa estrutura para esse projeto e os tacacazeiros estão interessados, querem a criação de uma associação, transformar seus negócios em empresas, sabem que isso será bom para eles', explica Fátima. O Conselho também ganhou parcerias dos arquitetos Ana Perlla e José Jr e das designers Lelé Grello e Vera Morelli para a proposição de dois tipos de postos de venda e de uniformes.

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