A violência da cidade do Rio de Janeiro vem deixando um marco difícil de ignorar nas fachadas de igrejas da Zona Oeste, cercadas por grades. Paróquias que fazem parte da história de famílias e da cultura dos bairros, como a Igreja de Nossa Senhora do Desterro, em Campo Grande, ergueram em volta de si portões para evitar a ação de pivetes, mendigos e prevenir assaltos. Entre as que adotaram a estratégia, estão também as igrejas de São Sebastião e Santa Cecília, em Bangu, e a de Nossa Senhora da Conceição, em Realengo. Fiéis, vizinhos e padres lamentam as grades, que cercam não só um patrimônio da região, mas um patrimônio do Rio. As três igrejas são tombadas pelo Departamento Geral de Patrimônio Cultural (DGPC), da Secretaria municipal das Culturas.
Mendigos agressivos, pivetes, prostitutas e carros dificultando o acesso à igreja eram apenas alguns dos problemas enfrentados pela paróquia de Nossa Senhora do Desterro, construída 1673, em Campo Grande. Segundo Ademir Ferreira, funcionário da administração, a igreja reivindicava uma cerca à prefeitura desde 2001. O pedido foi atendido com a reforma de toda a Praça Dom João Esberard, concluída há cerca de um ano.
— Foi ótimo, porque a praça era um grande e desordenado estacionamento. Os flanelinhas praticamente controlavam o espaço. Chegava ao ponto de estacionarem tão perto da porta que o acesso de deficientes físicos se tornava difícil — conta Ademir...
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