Cubatão, município do Estado de São Paulo, conhecido anteriormente como um dos centros mais poluídos do Brasil, vem desenvolvendo através de parcerias com indústrias locais, uma política de controle ambiental que se iniciou a partir de 1983, com a criação do COMDEMA (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) servindo de embrião para a formação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Na sistemática de defesa do ambiente na esfera municipal temos o CONSEMA (Conselho Municipal do Meio Ambiente) que em sua composição possui membros do Poder Público, órgãos técnicos como Cetesb e Sabesp, e representantes da comunidade. Com o decreto estadual de 17de junho de l994, foi feita a reconstrução da Serra do Mar no trecho de Cubatão. Preservar o meio ambiente é a prioridade do pólo industrial, com altos investimentos no controle de emissão de gases, tratamentos de resíduos, preservação do estuário e recursos hídricos. As diretrizes para dar uma orientação sobre educação ambiental são feitas através de seminários, debates, divulgação interna e em órgãos da comunidade, e ações paralelas como o CIMA ( Comissão Interna de Meio Ambiente) que integra e otimiza os esforços de todos os setores no controle ambiental. O compromisso é conseguir que todas as unidades produtivas possam obter certificações pela ISO 14001,a ISO ambiental. A cidade de Cubatão apresenta edificações históricas ao longo da Estrada Velha do Caminho do Mar (Rodovia SP-148), passeios de barco à região do manguezal e várias trilhas dentro da reserva da Mata Atlântica . Após a análise de todos os roteiros de informações voltados para o turismo, e nessa mudança de imagem, a Embratur resolveu conceder ao município a categoria de atração turística. A visita ao Parque Florestal da Mata Atlântica permite ao turista o vislumbre de belas paisagens. Uma das atrações mais importantes são os mangues, onde vivem os guarás vermelhos, tema de um livro com o título de “Guará – Ambiente Flora e Fauna dos Manguezais de Santos-Cubatão”. Nele os biólogos Fábio Olmos e Robinson Silva, pesquisadores de pequenos animais e aves de manguezais, relatam a importância da existência de mangues e região de lodo impactados.
Esse ecossistema tem como objetivo uma função ecológica: servir de área de alimentação a essas aves. O livro contém uma pesquisa bem elaborada, com belas fotos. É importante ressaltar que o guará não é originário dos manguezais de Cubatão. Ele é apenas usado como um símbolo ecológico. Pertence às regiões costeiras da América do Sul e, atualmente, faz parte das espécies classificadas em perigo.
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