O ator Serafim Gonzalez, de 71 anos, passou a tarde do último dia 9, uma quinta-feira, ensaiando com o quarteto musical Uirapuru para uma apresentação de composições de Villa-Lobos, à noite, em Santos. Convidado a narrar pensamentos do maestro entre as execuções dos músicos, ele ficou muito animado. A ocasião, além de ser uma oportunidade para prestar homenagem a um talento que admira, marcou o seu retorno ao palco em que estreou como ator, 57 anos antes: o do Teatro Coliseu.
Após um longo período de degradação e abandono, a casa de espetáculos da cidade litorânea voltou a ostentar a beleza e a elegância com que recebeu, até meados do século passado, grandes nomes do mundo cultural. O prédio histórico, inaugurado em 1924 e fechado para obras há 10 anos, foi reaberto no dia 25 de janeiro, véspera do aniversário de 460 anos de Santos, totalmente restaurado.
A reforma, iniciada em 1996, recebeu R$17 milhões em investimentos do governo do Estado, por intermédio do departamento de Apoio ao Desenvolvimento de Estâncias (R$14 milhões), e da Prefeitura Municipal de Santos. Envolveu um longo processo para a recuperação do monumento, que chegou a ser ameaçado de demolição e transformado em salão de bailes, cinema de filmes pornográficos e farmácia, além de ter a parte interna quase inteiramente destruída, antes do tombamento, em 1983, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico - Condephaat.
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Teatro Coliseu de Santos volta a integrar memória cultural do País