O seu nome sempre esteve relacionado à memória documental de Brasília. Intelectuais, artistas e arquitetos, entre eles Oscar Niemeyer, costumavam chamá-lo de Walter Cultura. Um apelido singelo para o sobrenome Albuquerque Mello. Com 77 anos de vida – mais da metade passados na capital federal –, o fundador do Arquivo Público do Distrito Federal, Walter Albuquerque Mello, relembra, na véspera do aniversário de 46 anos de Brasília, lutas dedicadas à preservação do projeto. E faz questão de dizer que não lutou sozinho.
Desde o momento de sua chegada no Distrito Federal, em 1960, o seu objetivo maior era participar de um ideal coletivo. "Vim para Brasília sem nada. Aceitei o convite por que acreditava no projeto de Juscelino", diz. Walter Mello recebeu a tarefa de montar a primeira livraria e loja de discos da cidade. O estabelecimento funcionava na W3 Sul e se chamava Master. A função agradou o baiano, que vinha de uma temporada agitada no Rio de Janeiro.
Depois de quase dois anos à frente do ponto, Walter foi convidado, em 1962, para trabalhar na Fundação Cultural. Em 1965, junto com Carlos Augusto Albuquerque e Paulo Emílio, organizou a primeira Semana do Cinema Brasileiro, que depois se transformou no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. "Participei da escolha do filme Meteorango Kid e também do filme Bandido da Luz Vermelha. Naquela época, em plena ditadura militar, era corajoso colocar esses filmes no festival", lembra.
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