Leia mais
Porto Calvo/AL: Prédio histórico é destruído em AL
Mãos ao alto, caro turista: você está no Brasil
Rio de Janeiro/RJ: Secretaria exclusiva para cuidar do patrimônio histórico e cultural
Taubaté/SP: Projeto Integra-Ativa ganha novo espaço
Rio de Janeiro/RJ: Novo Mapa Cultural do Rio traça desenho atualizado dos estabelecimentos culturais da cidade
Painel
Painel

 
Belém/PA: Olímpia fecha as portas
Portal ORM. O Liberal
fevereiro/2006
 
Abandonado pelo público e sem condições de competir com as salas modernas, o mais antigo cinema do Brasil em funcionamento faz a última sessão dia 16.

No dia 24 de abril de 1912, o Cine Olímpia abria suas portas, no auge do cinema mudo. No dia 16 de fevereiro de 2006, o mais antigo cinema em atividade no Brasil, vai desligar seu projetor definitivamente, abandonado pelo público e sem condições de competir com o conforto e a qualidade das pequenas salas de cinema mais modernas. Por sorte o grupo Severiano Ribeiro, exibidor nacional que o administra desde 1946, não quer vê-lo demolido ou vendido para uma igreja evangélica, como fez com o saudoso Cine Palácio. Agora, corre contra o tempo em busca de parceiros que apostem que ali pode funcionar um centro cultural.

Essa não é a primeira ameaça de que o Olímpia vai encerrar suas atividades, mas Luiz Severiano Ribeiro Neto, diretor do grupo, garante que dessa vez a posição é definitiva. Ele explica que hoje em dia é impossível manter um cinema com apenas uma sala de exibição, ainda que ele represente muito para a história de Belém.

“O custo de manutenção é alto. É o mesmo que um cinema com seis salas de projeção. Hoje em dia, o público prefere cinemas mais modernos, com formato stadium – estilo arquibancada – e telas gigantes. Há muito tempo estamos preservado o local, mesmo sem o cinema dar retorno financeiro, exatamente por conta da importância histórica. É um patrimônio da cidade que queremos manter”. A construção, obra do arquiteto Francisco Bolonha, não corre o risco de demolição porque é tombada pelo patrimônio histórico, o que também limita o tipo de uso que será dado ao espaço. “Nós não queremos transformar em igreja. Queremos fazer um centro cultural”, enfatiza o diretor.

Ele diz que espera achar parceiros da iniciativa pública ou privada o mais urgente possível para que esse projeto seja colocado em prática, seguindo os moldes do que fizeram em Fortaleza, onde o grupo fechou uma parceria com o Sesc e as secretarias estadual e municipal de Cultura para a utilização do cine São Luiz, transformando-o num centro que já está em funcionamento.

Para ler o artigo na íntegra, clique: