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São Carlos/SP: Fazenda guarda heranças do café - Patrimônio histórico, a Fazenda Pinhal mostra aos visitantes a importância da cafeicultura para o desenvolvimento do Estado
Paulo Atzingen. Repórter Diário
fevereiro/2006
 
Parece óbvio dizer que ao chegar à Fazenda Pinhal, em São Carlos (interior de São Paulo), a impressão é de estar voltando aos tempos áureos da produção do café no interior de São Paulo e que as reminiscências daquela época ainda estão presentes na senzala e na casa grande. Mas é exatamente isso. O sino que servia para avisar os colonos e escravos dos horários de trabalho, almoço e descanso, ainda está lá, pendurado no lado de fora do último cômodo da senzala; o terreiro de tijolos parece que incorporou a cor rubra do café que secava antes de ser embarcado para o litoral; o pomar ainda oferece centenas de pés de jabuticaba, carambola e manga que se transformam em compotas prontas para viagem, o café da manhã ainda tem o pão e o biscoito caseiro, o leite, o queijo e o café, matérias-primas que traduzem o vigor da terra. O horizonte, pela manhã ou à tardinha, nos passa a impressão de que o tempo nunca existiu.

Patrimônio histórico nacional totalmente preservado, a fazenda tem logo em sua entrada palmeiras reais, como grandes guardiãs do tempo. As mais altas foram plantadas nas primeiras décadas do século XIX, portanto, quase 200 anos nos contemplam. Se esses dois séculos de história nos espreitam, sobra-nos o contemplar do presente e ver a estrutura fabulosa tanto da casa grande, marco da arquitetura colonial do início do século XIX, como da grande senzala construída ao lado da sede.

Erguida a partir de 1830 por Carlos José Botelho, herdeiro do patriarca Carlos Bartolomeu de Arruda Botelho, que adquiriu em 1786 a Sesmaria do Pinhal, a casa grande preserva hoje 90% de seus móveis, decoração e estrutura originais. No térreo tem uma biblioteca com documentos e mais de cinco mil títulos raros, como uma edição histórica de Don Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, em português, publicações com textos originais de Eça de Queiróz. O acervo serve a estudantes e é administrado pela Associação Pró-Casa do Pinhal.

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