Museu da República - Palácio do Catete
Fotografia: Mônica Yamagawa
RIO - Os imponentes casarões e os postes de ferro com luminárias ovais inspirados em estilos europeus, do Centro do Rio e de bairros adjacentes são sinais de um passado em que morar nestes locais era um luxo para poucos. Ao longo do século passado, no entanto, a Glória e o Catete se transformaram praticamente em bairros de passagem, perderam o glamour e o prestígio para outras regiões, além do interesse dos corretores de imóveis. Mas, a revitalização cultural da Lapa, a violência de locais mais distantes e as atraentes ofertas de imóveis para locação e venda estão fazendo com que o fluxo habitacional retorne em direção ao Centro.
Museu da República - Palácio do Catete
Fotografia: Mônica Yamagawa
De acordo com dados do Sindicato da Habitação do estado do Rio (Secovi-RJ), a procura por casas e apartamentos na região aumentou 10% em relação ao ano passado. Já o Conselho Regional de Corretores de imóveis (Creci) aponta um crescimento de até 30%.
"As pessoas estão procurando morar mais próximo do Centro em função da violência. O objetivo é trabalhar perto de casa para não ter que trafegar por vias como a Linha Amarela estando sujeito a tiroteios", acredita Manoeu Rodrigues Pereira, dos conselheiro do Cresci.
Já o vice-presidente do Secovi, Manoel Maia, lembra que as regiões são rodeadas por poucos morros ou favelas. A exceção é Santa Tereza, que já não desperta tanto interesse por causa da violência, "mas que também não perde os moradores que optaram pelo lugar".
"Morar no Catete é ótimo porque a facilidade de transportes é muito grande, fica perto do metrô. Há ônibus para todos os lugares, além de ter a minha disposição supermercados e muitas opções de lazer", ressalta o arquiteto Bruno Sebolella. Morando no bairro há um ano e meio desde que saiu da casa dos pais, Sebolella vai a pé para o trabalho, que fica na Glória.
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Mercado imobiliário na Glória e no Catete esquenta